quarta-feira, 29 de junho de 2011

PARA REFLETIR

Nos momentos graves*

Use calma. A vida pode ser um bom estado de luta, mas o estado de guerra nunca será uma vida boa.
*
Não delibere apressadamente. As circunstâncias, filhas dos Desígnios Superiores, modificam-nos a experiência, de minuto a minuto.
*
Evite lágrimas inoportunas. O pranto pode complicar os enigmas ao invés de resolvê-los.
*
Se você errou desastradamente, não se precipite no desespero. O reerguimento é a melhor medida para aquele que cai.
*
Tenha paciência. Se você não chega a dominar-se, debalde buscará o entendimento de quem não o compreende ainda.
*
Se a questão é excessivamente complexa, espere mais um dia ou mais uma semana, a fim de solucioná-la. O tempo não passa em vão.
*
A pretexto de defender alguém, não penetre o círculo barulhento. Há Pessoas que fazem muito ruído por simples questão de gosto.
*
Seja comedido nas resoluções e atitudes. Nos instantes graves, nossa realidade espiritual é mais visível.
*
Em qualquer apreciação, alusiva a segundas e terceiras pessoas, tenha cuidado. Em outras ocasiões, outras pessoas serão chamadas a fim de se referirem a você.
*
Em hora alguma proclame seus méritos individuais, porque qualquer qualidade excelente é muito problemátia no quadro de nossas aquisições. Lembre-se de que a virtude não é uma voz que fala, e, sim, um poder que irradia.


(*) Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã. Ditado pelo Espírito André Luiz. Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB. 1999.

ACERVO FOTOGRÁFICO



Festa do menor carente TUEDLUZ - Dezembro de 1992
 

segunda-feira, 27 de junho de 2011

BAÚ DA MÃE: QUANDO E PORQUE OCORRE A INTERRUPÇÃO DA MEDIUNIDADE

Durante os anos de existência da TUEDLUZ, muitos foram os irmãos e irmãs que passaram por aqui com a intenção de se educarem mediunicamente. Muitos outros, se sabe, passarão. Não importa o número. Importa mesmo é que sejam conduzidos com amor, responsabilidade e honestidade no cumprimento de suas tarefas perante Deus, Jesus, os Orixás, Guias e Mentores Espirituais.

Não é o simples fato de portar um uniforme branco que nos torna médium. Muito se tem a aprender através do desenvolvimento, ou seja, da educação mediúnica. Quer seja na prática, quer seja na teoria, lendo obras da liturgia Espírita e Umbandista. Para começar, o mais importante é habituar-se à leitura do Evangelho Segundo o Espiritismo, onde estão registradas as sábias palavras de Jesus Cristo, alicerce de todo aquele que tem interesse em servir a Ele e ao seu semelhante. Um médium não se educa de um dia para o outro. Anos são necessários para um aprendizado sério, responsável e, sobretudo, consciente do sacrifício e da vontade de se conduzir dentro da espiritualidade, prestando a caridade nas suas diversas modalidades.

Muitas são as barreiras que impedem um médium de trilhar a sua caminhada. Ora, são os impecílios familiares onde o berço é de outro seguimento religioso. Ora, são impedidos por motivos profissionais, estudantis, ou ainda pela necessidade do cumprimento de deveres sociais. Outros embarcam na tese de que a diversão vem SEMPRE primeiro, para depois, haver espaço para a vida espiritual. Mas existem motivos que são imperiosos, como a seguir:

  1. Quando a saúde do médium encontra-se seriamente debilitada;
  2. Quando o médium é mulher e se apresenta em estado de gravidez, e se sua mediunidade for de efeitos físicos;
  3. Quando o médium, por questões profissionais, não se vê em condições de fixar residência na cidade;
  4. Quando as responsabilidades do lar não lhe permitam dedicar tempo necessário ao exercício da mediunidade;
  5. Quando o médium abusa de suas faculdades, mercadejando os seus próprios dons;
  6. Quando o médium é muito jovem para abraçar um dever de tamanha envergadura;
  7. Quando o médium voluntariamente se afasta do dever mediúnico e, depois de permanecer inativo durante longo tempo, deseje retomá-lo sem a humildade do recomeço;
  8. Quando o médium, por descaso, não valoriza o “talento” mediúnico que recebeu de Deus, faltando às reuniões das quais deveria participar;
  9. Quando o médium é desequilibrado e se torna uma presa fácil para os Espíritos obsessores;
  10. Quando é ele próprio que solicita à Espiritualidade a canalização de seus recursos mediúnicos para outras tarefas de ordem espiritual;
  11. Quando o médium é interesseiro, e visa tão somente obter favores dos Espíritos.

É importante frisar que os médiuns necessitam ter a humildade do servir, a responsabilidade de cumprir seus deveres mediúnicos, a obrigatoriedade de promover a sua reforma íntima. Estudar sempre, uma vez que aquele que estuda a doutrina se torna menos acessível aos Espíritos mistificadores. Além do esclarecimento próprio, o estudo atrai a presença de Espíritos benfazejos, que podem se tornar nossos Guias e Mentores de Luz Celestial.

Tem-se conhecimento de que muitos pais ou mães-de-santo não permitem que os médiuns se eduquem através de obras sérias, com receio de que os discípulos se tornem mais conhecedores do que o sacerdote. Conseqüentemente, são irmãos que também não possuem o conhecimento necessário para conduzir seu rebanho. Temem o questionamento doutrinário à luz do bom senso, e, por isso, conduzem seus médiuns à prática exclusiva da incorporação, sem conhecimento de causa. Isso pode, inclusive, induzir uma pessoa que não possua dom mediúnico ao autossugestionamento, praticado por desconhecimento, mistificação e/ou animismo.

Mediunidade não é passatempo. É uma responsabilidade imensa que seve ser levada a sério, e não com brincadeira. Aquele que realmente deseja servir, não se melindra tão facilmente, porque sabe que em todos os seguimentos de nossa vida terrena, temos provações que surgem a fim de sermos testados quando ao real interesse de seguir a caminhada mediúnica. A pessoa que é escolhida para ser médium não deve se esquecer que Deus nos dá a faculdade mediúnica de graça, e por esta razão, de graça devemos exercitá-la, para merecermos então o direito de ser uma ovelha no rebanho celestial.


Mãe Tina
(artigo originalmente publicado no Periódico Buscando Luz Nº 18 – edição de junho de 1998).

sexta-feira, 24 de junho de 2011

AH, EU RECOMENDO!


CD "TERREIRO DA ARUANDA" 
SÉRIE ORIGENS / ESCOLA DE SÍNTESE (AYOM RECORDS)


A recomendação de hoje está relacionada ao universo musical. Ou melhor: ao NOSSO universo musical! A Ayom Records – gravadora que detém o maior acervo do mundo em matéria de música sacra afrobrasileira, administrada por William do Carmo Oliveira (Mestre Obashanan) – lançou uma série de CDs intitulada “Escola de Síntese – Origens”, com uma requintada seleção de cânticos da Umbanda Esotérica. A série pretende eternizar canções ritualísticas celebrizadas na voz de dois distintos Mestres da Raiz de Guiné: W.W. da Matta e Silva (Yapacani) e Francisco Rivas Neto (Arapiaga).

A Umbanda Esotérica trata a questão da música com especial valor, porquanto uma das maneiras de vetorizar o nosso encontro com o Sagrado reside justamente na relação entre a fala, a respiração e a melodia. Não é a toa que postulamos em nossa Escola Iniciática as mesmas regras que regem a execução dos mantras – os poderosos cânticos propagados no Budismo. Através da pronunciação de versos aparentemente inocentes, ou mesmo carentes de concordância verbal, os pontos cantados na Umbanda Esotérica são formados por uma série de sílabas místicas que buscam o controle sobre determinadas formas de energia, bem como a sedimentação de egrégoras que viabilizam a execução segura de nossos rituais.

Tal como os mantras, os pontos cantados são instrumentos da representação e concentração mentais. São poderosas preces cantadas. O som exerce um poderoso efeito sobre nosso corpo e nossa mente. Pode acalmar e dar prazer, ou mesmo  ter influência desarmoniosa, gerando uma sensação de irritação. O ponto cantado é como uma porta que se abre para a profundidade da experiência. Tranqüiliza a mente e os sentidos, relaxa o corpo e nos liga a uma energia natural e curativa.

Enfim, recomendamos a aquisição do CD “Terreiro da Aruanda”, volume 1 da Série Origens, lançado pela Ayom Records. Este primeiro volume, especificamente, reúne dezoito cânticos entoados na linha dos Pretos-Velhos. O encarte do CD é de um acabamento refinado, e nos remete aos tempos de Pai da Matta, na singeleza de sua choupana em Itacuruçá/RJ. 

Trata-se de material indispensável para os prosélitos da Umbanda Esotérica, e uma ótima opção de aculturamento para os simpatizantes de nosso culto. Na oportunidade, estendemos nosso fraterno Saravá e agradecimento a Mestre Obashanan, pela iniciativa tão primorosa em promover a arte de nossos Gongás!

Para adquirir este CD, entre em contato com o departamento comercial da Ayom Records, através do e-mail: ayom77@gmail.com

Visite também o site da Ayom Records:

quarta-feira, 22 de junho de 2011

segunda-feira, 20 de junho de 2011

BAÚ DA MÃE: AS PROFECIAS



Leitores amigos e companheiros de doutrina, vocês acreditam em profecias? Se acreditarem, têm medo delas? Vocês acham que todas as profecias já aconteceram, ou vão ainda acontecer?

Vamos comentar um pouco sobre estes fatos, que tanto preocupam a humanidade, e até fazem com que adeptos menos esclarecidos obedeçam cegamente seus líderes para o cometimento de atos tresloucados, como suicídio coletivo ou crimes hediondos, norteados pelo fanatismo.

A cada ciclo evolutivo, no decorrer de séculos ou milênios, casa espírito reencarnante tem um tipo específico de aprendizagem, calcado na cultura e nos costumes predominantes de cada região e de cada época. A Terra, mãe pródiga e generosa, vem suportando as agressões proferidas por cada geração, e vem sofrendo com desmatamentos inescrupulosos, perpetrados por mentes ambiciosas que mutilam toda a beleza das florestas, sacrificam animais, e, ao mesmo tempo, acabam com a possibilidade de vivermos num ambiente saudável e belo.

Daí, nota-se que algumas previsões apocalípticas se tornam realidade porque nós mesmos propiciamos o seu acontecimento. Observa-se que a temperatura da terra está cada vez mais quente, e que em algumas áreas a seca é tão violenta que já não existe mais água, fato que impossibilita o plantio de alimentos, e, por conseguinte, gera uma onda de fome e miséria para centenas de milhares de seres, que precipitam suas existências desencarnando em um estado lastimoso.

Nosso Brasil ainda tem o privilégio de ser uma terra abençoada, porque aqui se concentra uma massa selecionada de espíritos, que em sua maioria procura atingir um grau mais elevado de existência. Somos pacíficos. Não aceitamos a guerra, não buscamos a desarmonia com outros países ou outros povos, o que nos possibilitará assumir, de fato e de direito, o papel de Coração do Mundo.

Somos um povo religioso por natureza, e isto nos faculta viver um pouco em paz. Esta religiosidade, esclarecida pelo conhecimento das leis de causa e efeito e da reencarnação, fará o Brasil se consagrar definitivamente como a Pátria do Evangelho. Se voltarmos nossos olhos para outros continentes, assistiremos à predominância do fanatismo religioso e do despotismo que promove a violência e a morte. Na Europa e na América do Norte, seus habitantes vivem sob a égide do egoísmo e do capitalismo selvagem. Até alguns países, que são nossos vizinhos, vivem em pé de guerra pelo vil metal, conseguido através das drogas que são consumidas abertamente, provocando lutas funestas.

Ai, sob a loucura de tantos comportamentos humanos, previsões feitas há milhares e milhares de anos acabam se cumprindo. O próprio homem “trabalha” para que elas se tornem reais. Mas é criada uma atmosfera de medo, plenamente equivocado, de que estamos sendo vitimados por um castigo divino, uma punição que pretensamente acontece por obra e graça de Deus. Na verdade, nós somos nossos próprios algozes; Deus não tem nada a ver com isso!

O apocalipse vem pela bomba atômica fabricada pelo homem. Armas de grande potência, que exterminam multidões. Sob nossa infinita criatividade diabólica, surgem armas cada vez mais destruidoras, que usam micróbios como projéteis, e doenças que podem arrasar comunidades inteiras, arrasando a humanidade. É a tão falada arma biológica. Enfim, leitor amigo, é ou não é responsabilidade do homem a concretização das profecias? Se somos responsáveis, vamos mudar isto e passar a viver em paz, com amor e fé.


Mãe Tina

(artigo originalmente publicado no Periódico Buscando Luz Nº 34 – edição de novembro de 1999).

sexta-feira, 17 de junho de 2011

CRÔNICAS DE TERREIRO

O fim do etnocentrismo como fonte de evolução espiritual: a razão de ser da forma de apresentação dos Espíritos na Umbanda.


Como podemos observar em qualquer estudo historiográfico sobre o nosso país, o Brasil colonial foi o Brasil da escravidão. Período pelo qual vigorou um intenso conflito étnico, cultural, e, conseguintemente, astral. Com o advento da Escravidão, existia a crença generalizada, por parte dos dominadores brancos, de que o índio e o negro “não possuíam alma”, algo que, aliado à falta de tradição esotérica desses colonizadores, propiciou um estado de coisas que culminou na emersão, dos confins do Reino das Sombras – sob impulso do ódio de uma das partes e da maldade da outra, e do sangue derramado pelos dois lados – de uma “Corrente Maléfica”, que atraiu os piores Magos Negros de todas as épocas, e formou, alinhada a um ponto comum de perversidade das raças martirizadas, um violento sistema de oferendas e rituais, conhecido como “KIMBANDA”.

Para auxiliar essas coletividades que entraram em conflito humano e astral, e não permitir que o Baixo Astral desencadeasse um extenso processo de comutações kármicas inferiores, a Misericórdia Divina ordenou a intervenção de um Conjunto de Leis para essas faixas vibratórias, e suas interligações dolorosas e cruéis. Este Conjunto de Leis Divinas deveria ser aplicado por Entidades de destacada evolução espiritual e influência moral sobre as três raças em conflito, a saber: os sábios e antiqüíssimos “PAYÉS” da raça vermelha, os severos mas bondosos “BABAL’AWÔ” da raça negra, e os grandes “SACERDOTES” da raça branca.

Pouco a pouco, esses Espíritos Superiores passaram a apresentar-se como “Pretos-Velhos” nos Candomblés de Nação, como “Caboclos” nas Pajelanças e Catimbós, e como “Padres”, “Hindus” e “Crianças” nas Reuniões Espiritualistas dos brancos. Apesar de influírem em grupamentos religiosos distintos, muitas vezes antagônicos, suas palavras eram sempre de HUMILDADE, SIMPLICIDADE e PERDÃO. Não por acaso, as manifestações dessas Entidades concentravam-se em pontos doutrinários convergentes, e apontavam para a necessidade de uma renovação de conduta, sempre apoiada no autêntico Evangelho Cristão - há muito esquecido pela humanidade.

Respeitando a diversidade de línguas e culturas envolvidas nessa complexa missão de saneamento espiritual, a palavra “UMBANDA” se estabeleceu definitivamente ao início do Século XX, quando, em uma seção espírita, uma Entidade em roupagem astral de Caboclo, utilizando-se da mediunidade de um jovem comum, de nome Zélio Fernandino de Moraes, anunciou o aporte, de forma sistematizada e definitiva, de uma religião que se serviria do ecletismo étnico; de uma mistura cultural que promoveria a paz entre as três raças em conflito na Terra de Pindorama, o nosso Brasil. A partir daí, a Umbanda iniciou um movimento de expansão e afirmação em todo o território brasileiro, enfrentando preconceitos e repressão policial, enquanto defraudava sua bandeira de conciliação, perdão e ajuda ao próximo. 

Atuando sob identidade religiosa própria, a Umbanda passou a reunir, em seus “terreiros”, a presença, lado a lado, dos “Pretos-Velhos”, “Caboclos” e “Crianças”. Não tardou para que, além do aspecto de alteridade étnica e cultural, a Umbanda também ficasse conhecida como a “religião dos humildes”, pois a maior parte de seus adeptos pertenciam a classes sociais menos favorecidas.

Hoje, já ao limiar do Século XXI, a Umbanda recolhe positivos resultados na conciliação entre aqueles que outrora protagonizaram lamentáveis episódios de ódio e segregação raciais. Nos tantos terreiros espalhados pelo Brasil, e até mesmo no exterior (Portugal começa a se revelar como país praticante da Umbanda, e este fato expõe o curso natural do movimento de saneamento kármico entre coletividades que protagonizaram conflitos étnicos no período colonial), as três raças (vermelha, negra e branca) se apresentam, mediunicamente, de forma a assertivar que o Evangelho do Cristo Jesus não prefere pátria, cor da pele ou posição social. Em um terreiro de Umbanda podemos assistir, seja pela corrente astral, seja pela corrente encarnada, a um negro socorrendo um branco, a um índio prestando caridade a um negro, ou a uma “criança” branca soerguer o moral de um descendente das poderosas tribos que, séculos atrás, eram as únicas nativas do solo brasileiro.

A Umbanda, através das formas de apresentação de seus mensageiros espirituais, infunde a mensagem da fraternidade universal, a união através da diversidade, o perdão mediante a compreensão de que somos uma só coletividade, uma só “etnia astral”, a procura de redenção neste magnífico planeta em evolução!

Luciano Martins Leite
membro da TUEDLUZ


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

- COSTA, Ivan Horácio (Itaoman). Pemba – A grafia sagrada dos Orixás. 1 ed. Brasília: 1990.

- SILVA, Woodrow Wilson da Matta e (Yapacani). Umbanda de Todos Nós. 1 ed. Rio de Janeiro: Esperanto, 1956.

terça-feira, 14 de junho de 2011

ACERVO FOTOGRÁFICO


Mãe Marilene em atendimento na TUEPAJ 
(Tenda de Umbanda Esotérica Pai Joaquim de Angola).
Belo Horizonte, 1976.



Visita de W.W. da Matta e Silva (Mestre Yapacani) à sede da TUEPAJ
Tenda de Umbanda Esotérica Pai Joaquim de Angola. Belo Horizonte, 1976.
(ao fundo, Mãe Marilene).

OBSERVAÇÃO: Para conhecimento dos amigos leitores, Mãe Marilene foi discípula
de Mestre Yapacani. Em 1978, Mãe Marilene transmitiu à Mãe Tina (Argentina Oliveira
Salgado, futura fundadora da TUEDLUZ) condições para que esta pudesse dirigir o seu
próprio agrupamento religioso, assentado em princípios da Umbanda Esotérica.



segunda-feira, 13 de junho de 2011

AVISO


Para conhecimento dos nossos leitores e amigos, informamos que, atualmente, este blog é a única ferramenta de divulgação atualizada da nossa TUEDLUZ. Também contamos com outros endereços virtuais, mas estes carecem de manutenção.

Outrossim, continuem aqui com a gente! Assim que nossos demais sítios virtuais forem inaugurados ou reformulados, anunciaremos através deste blog!

Atenciosamente,
Mãe Andréa

Demais endereços da TUEDLUZ na Web (não considerá-los):

(site desativado e desatualizado, aguarda por extinção)

(site desatualizado, em breve será reformulado)

BAÚ DA MÃE: A OBSESSÃO



Você, leitor amigo e irmão, sabe o que é obsessão?

“Chama-se obsessão à ação que um espírito mau exerce sobre um indivíduo e se apresenta com caracteres muito diferentes, que vão desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais”
(A Gênese – Allan Kardec – Cap. XIV – item 45)

Saiba agora os tipos de obsessão de que somos vítimas:

De desencarnado para encarnado:

Atuação de um espírito desencarnado sobre outro, encarnado. O Espírito nem sempre está consciente da influência negativa que está exercendo sobre o encarnado. Ele se aproxima de uma pessoa, com a qual se afina, e passa a prejudicá-lo. Entretanto, há Espíritos que o fazem intencionalmente.

De desencarnado para desencarnado:

Domínio total que um Espírito desencarnado exerce sobre o outro na mesma condição. Tal situação ocorre no Plano Espiritual Inferior. Como bem ilustra a obra "Nosso Lar", de André Luiz, em boa parte dos casos ocorre a atuação de bandos maléficos, organizados para dominar espíritos que desencarnam envolvidos em revoltas terrenas.

De Encarnado para desencarnado:

Fixação mental de um Espírito encarnado em relação a outro desencarnado, muitas vezes pela não aceitação do desencarne desse último, pela inconformação, revolta ou desespero pela perda do ente. Pode se transformar numa obsessão dolorosa, desequilibrando aquele que se encontra no Mundo Extrafísico.

De encarnado para encarnado:

Domínio mental que um Espírito encarnado exerce sobre outro encarnado, decorrente de sentimentos enfermiços ou necessidades neuróticas que criam laços de dependência. Este domínio também é rotulado como ciúme, paixão, ambição, inveja, despeito; e é exercido, às vezes, de maneira tão sutil que o dominado se julga extremamente amado. Em se tratando de ciúme e paixão, o Encarnado se torna agressivo, podendo, inclusive, ocorrer ações criminosas. Quanto à inveja e à ambição, o encarnado pode passar pela agressão, ou também pode, através de sua mente doentia, criar situações que impliquem moralmente o outro, simplesmente para obter poder. A obsessão é um processo violento, e merece da Espiritualidade Superior uma atenção firme no sentido de se promover a desobsessão imediata, através do Evangelho/Doutrinação.

Além dos quatro processos obsessivos acima, podemos acrescentar mais dois:

Obsessão Múltipla – Dois ou mais Espíritos agrupam-se para exercer influência maléfica sobre outrem.

Obsessão Coletiva – Grupos de Espíritos são submetidos a complexas operações de indução magnética e hipnótica, pela ação de Entidades perturbadoras.

Todos os tipos de obsessão ocorrem tanto no plano material como no Plano Espiritual, e os fatores principais que provocam esse processo são:

 - Fraqueza das faculdades mentais;
 - Falta de cultura intelectual, moral e cristã;
 - Invigilância;
 - Falta de fé em Deus.

Portanto, meus irmãos, está em nossas mãos a defesa para que não sejamos vítimas de obsessores de quaisquer das modalidades apresentadas, buscando no “ORAI E VIGIAI”, na sustentação de nossa fé e de nossas preces, o escudo que nos permitirá evitar ou impedir a influência de obsessores.

Jesus esteja entre nós, hoje e sempre.


Mãe Tina
(artigo originalmente publicado no Periódico Buscando Luz Nº 20 – edição de agosto de 1998).


domingo, 12 de junho de 2011

COMENTÁRIOS LIBERADOS


Experimentalmente, estamos habilitando a funcionalidade dos comentários em nosso blog, para acolhimento da opinião de nossos visitantes. Oportuno lembrar que haverá moderação sobre o conteúdo, antes da publicação.

Participe!

SE...












Se cada dia fosse como o ontem desejado...
Se cada bom momento fosse imantado para sempre...
Se cada porvir fosse aquele almejado...
Se cada trabalho fosse o mais fácil...
Se cada dia vivido fosse como nós queríamos, não teríamos motivos para nos aperfeiçoar, nem para compreendermos as dificuldades que surgem à nossa frente.
Portanto, antes de mais nada, é importante compenetrar-se que nada vem ao acaso ou por sorte, tudo é conquistado e bendito, e, sempre que possível, livre dos Se...

Caboclo Caçador



retirado do Livro "Umbanda é Luz"
de Wilson T. Rivas (Ytaçuã)

ACERVO FOTOGRÁFICO

Construção da sede da TUEDLUZ em maio de 1988
(rua Quitandinha, 284, Bairro Serrano - BH/MG).

quinta-feira, 9 de junho de 2011

AH, EU RECOMENDO!

UMBANDA BRASILEIRA, UM SÉCULO DE HISTÓRIA
(Diamantino Fernandes Trindade)

Inauguramos esta seção com uma ótima dica de leitura para o público que se interessa pelo estudo sério (e saboroso!) de nossa religião. Esta obra foi lançada há cerca de três anos – quando a Umbanda havia completado seu centenário – pelo professor, educador  e historiador Diamantino Fernandes Trindade, que também é um renomado sacerdote umbandista (Mestre Hanamatan). Como costuma acontecer a toda produção literária relacionada aos Orixás, uma tímida publicidade foi feita em torno dessa fabulosa obra, fora dos terreiros. Utilizamos este blog numa tentativa de reverter essa conjuntura, dada a qualidade tão exuberante desse trabalho. É um livro que precisa chegar ao maior número de leitores possíveis e existentes dentre aqueles que procuram conhecer as reais faces da Umbanda, esse movimento religioso genuinamente brasileiro!

Em Umbanda Brasileira – Um Século de História, é difícil não se emocionar com a criteriosa coleção de relatos, pessoas, entidades espirituais e documentos que Diamantino Trindade faz bailar aos nossos olhos. Sua escrita madura, deliciosamente mesclada entre o caráter informativo do fato histórico e a evidente paixão do historiador pela doutrina dos Orixás, nos permite apontar essa publicação como a melhor da década, em nosso segmento religioso! A linguagem é simples, categórica, e está versada de maneira a permitir a aproximação de leigos e fieis, sem mistérios ou sectarismos. Paradoxalmente, o autor nos mostra que escrever sobre Umbanda não é tarefa para leigos, repórteres ou curiosos. Para entendê-la, é preciso conhecer seus aspectos fenomênicos, magísticos, mediúnicos, ritualístiscos, doutrinários e filosóficos, nas suas causas.

Além da Umbanda, Diamantino também nos oferece uma oportuna elucidação sobre os demais cultos derivados da cultura afro-ameríndia, como os Candomblés, o Catimbó, a Cabula e as Macumbas. Aborda como o movimento umbandista se comportou perante questões étnicas, sociais e políticas, e discorre sobre a razão de ser das infrutíferas tentativas de codificação da Umbanda.

Diamantino Trindade também resgata o valor e a importância dos primeiros condutores do movimento umbandista, destacando a pessoa de Zélio Fernandino de Moraes, que, com sua fabulosa mediunidade, foi medianeiro do Advento do Caboclo das Sete Encruzilhadas – portentosa Entidade de Ogum que a partir de 15 de Novembro de 1908 lançou a pedra fundamental da Umbanda, constituindo o marco zero oficial de nossa religião.

Para quem já conhece as obras anteriores de Hanamatan, em Umbanda Brasileira – Um Século de História percebemos nitidamente a maturidade – acadêmica e sacerdotal – atingida pelo autor, desde a sua última aparição literária, em 1994 (com o livro Umbanda, um Ensaio de Ecletismo, que também recomendamos). É com muita satisfação que notamos e reverenciamos a caminhada desse sacerdote dos Orixás, que nos brinda com uma posição serena e compassada sobre a história e os rumos da nossa religião.  Certamente, esse livro não será superado em conteúdo por nenhum outro estudo historiográfico da Umbanda. A não ser que o próprio Diamantino nos brinde com uma façanha dessas...

Por fim, vale reprisar as palavras do Babal’awô Ronaldo Antônio Linhares, que prefacia (e profetiza) o livro indicado:

“Beba nessa fonte de conhecimento, pois tenho certeza de que ao término dessa leitura nossos irmãos não terão dúvidas sobre o que é ser umbandista.”

Boa leitura a todos!




Umbanda Brasileira - Um Século de História
Diamantino Fernandes Trindade
352 páginas, Editora Ícone
R$ 42 (sugerido)


Locais na Internet para aquisição do livro:

Editora Ícone (link direto)
Livraria Cultura (link direto)
Livraria Saraiva (link direto)

Blog de Diamantino Trindade: Mandala dos Orixás

segunda-feira, 6 de junho de 2011

BAÚ DA MÃE: A MACUMBA


Você acredita que alguém possa fazer uma demanda, feitiço ou “macumba” para uma pessoa?

Se a resposta for sim, você está corretíssimo.

A bem da verdade, devemos esclarecer que há milhares de anos já existia a demanda e o feitiço, ficando a “macumba” para bem depois, como desmembramento cultural e contemporâneo das religiões Afro.

Uma DEMANDA pode ser realizada através de trabalhos que envolvem a prática da Baixa Magia ou Magia Negra – como é mais conhecida. São ritos calculados praticados por irmãos que, infelizmente, ainda se prestam a este tipo de atividade. Na maioria das vezes, atuam como “agenciadores” das trevas, na manipulação de hostes diabólicas, e cobram vultosa pecúnia de seus “clientes” encarnados, sequiosos pela feitura de um “trabalhinho” espiritual.

Essa simbiose entre o pedinte desavisado, o Mago Negro maniqueísta e as Entidades do Astral Inferior podem viabilizar egrégoras que, com certeza, nos perturbarão consideravelmente. Esses seres se esquecem, no entanto, que existe uma lei superior, que se chama LEI DO RETORNO, e ela é implacável. Com o decorrer dos tempos, ela vem cobrar o mal que fizemos. Isto pode ocorrer tanto durante a vida encarnada quanto após a morte do corpo físico, no plano Astral (o que é bem pior!).

O que mais lamentamos é o fato de esses seres se servirem da espiritualidade para cometer atos tão repulsivos, usando o nome da Umbanda e deturpando ainda mais a nossa imagem. Muitos de nossos irmãos visam tão somente o ganho fácil, usando os cultos de matiz africana como se estes fossem um emprego, uma fonte de renda para sobreviverem.

No caso do FEITIÇO, cabe ressaltar que é preciso muita “excelência” neste ofício, para que alguém possa realizá-lo com a devida proficiência. Antigamente, existiam temíveis feiticeiros encarnados, que traçavam seus trabalhos sob fórmulas seculares, transmitidas oralmente, de geração para geração. Essa conjuntura, inclusive, é a razão de ser do feitiço: são receitas mecanicamente acionadas, e seu operador é desobrigado de dominar a engenharia esotérica das artes mágicas. Por conta dessa tradição oral, muitas receitas foram perdendo o seu real conteúdo com o passar dos séculos. Atualmente, observa-se que a maioria dos feiticeiros se serve de superstições pouco eficazes, quando não, de charlatanices hilariantes.

Em ambos os casos, nas demandas e nos feitiços, os executores e pedintes irão, com certeza, receber a cobrança através da Lei do Retorno.

A MACUMBA, segundo o dicionário Aurélio, é qualificado como um ritual sincrético, de magia negra, bruxaria. Também dá nome a um instrumento de percussão usado pelos africanos. Nós, que estudamos o culto afro-brasileiro, sabemos que esta palavra, na verdade, dá nome a uma árvore cujos troncos formam uma espécie de “gruta”, local ideal para se depositar oferendas. Macumba não é feitiço, tampouco demanda. Mas por conta de contrações culturais preconceituosas, acabou assumindo um significado atrelado a toda ação nefasta e reprovável, em termos de Magia Prática.

Diante da imagem deturpada da Umbanda, somos chamados “macumbeiros”. Pobre ignorância dos adeptos de outras religiões ou seitas. São pessoas que não procuram tomar conhecimento da verdade, ou pior, instigam seus seguidores a acreditarem em fantasias preconceituosas, para a promoção mercantilista de seus próprios cultos. Em muitas igrejas, inclusive, os feitos do diabo são mais pronunciados do que os do próprio Cristo!

Nós, militantes da Umbanda Esotérica, ou mesmo os irmãos da conhecida Umbanda de Linha Branca, labutamos continuamente para desfazer os efeitos de práticas escusas que são levadas à cabo no campo da Magia. Através da honestidade, respeito e amor ao nosso próximo, cultuamos princípios plenamente cristãos, bem distantes da moral que rege a feitura de demandas, feitiços e “macumbas”.

Enfim, meus irmãos, quando suspeitarmos da influência de alguma demanda em nosso campo astral, mormente pela presença de moléstias sem solução médica ou psicológica, é conveniente procurar por uma confraria religiosa idônea, seja Espírita, seja Umbandista. Um lugar no qual não haja a comercialização da mediunidade. Em ambientes assim, os Espíritos de Luz certamente o ajudarão, pois não cobrarão retribuição de qualquer espécie, a não ser o compromisso de amar e servir a Jesus. Esse compromisso, inclusive, será o apanágio de nossa própria cura! Não considerando esse compromisso, o tempo de nosso convalescimento se delongará por semanas ou meses, podendo até se tornar impraticável. Mas não desanime. Lembre-se que tudo dependerá do seu empenho e merecimento, e que estamos sempre regidos por Leis Divinas.

Lute para vencer os obstáculos, e a sua vitória está garantida. O Astral Superior jamais abandona aqueles que têm Jesus em seus corações. Porém, é preciso estarmos vigilantes, e aprender a conhecer melhor as pessoas que nos cercam. ORAI E VIGIAI, eis o sacro lema proferido pelo Cristo redivivo!

JESUS NÃO FALHA. A falha é sempre nossa.

Mãe Tina
(artigo originalmente publicado no Periódico Buscando Luz Nº 22 – edição de outubro de 1998).