sábado, 26 de novembro de 2011

UNIÃO QUE FAZ A FORÇA

Abaixo postamos a carinhosa mensagem que recebemos de um de nossos diletos Irmãos de Fé, que, em virtude de “coincidências” que só os Desígnios Maiores poderiam explicar a contento, recentemente tivemos a oportunidade de conhecer e estreitar laços de fraterna comunhão religiosa. Rogamos a todos os Orixás para que possamos celebrar longo convívio e amizade com o Sr. Luiz Gustavo (Yruara) e seu distinto agrupamento (TUES-TUO/BH), bem como empreendermos tarefas que possam dignificar e resguardar a origem pura e primeva dessa Umbanda de Todos Nós!   

 Estado de Graça

Ainda bem que todos os planetas são (aparentemente) redondos, isso evita que não deixemos de nos encontrar por este mundo de meu Deus. A característica circular de nosso planeta nos permite dentro de uma sintonia muito especial, o encontro com irmãos planetários que há muito tempo não víamos em nosso campo físico.

Quando os reencontramos e isso sem proselitismos dispensáveis, parece que o mundo para sua trajetória e vivemos um momento único, assistindo de longe o que se vive bem de perto. A idéia que temos é que estamos em vivências primárias onde os vícios são afastados dando lugar apenas aos atos de puro sacrifício pessoal e coletivo.

Essa sensação, vivenciamos no dia 11 do corrente quando estivemos presentes na Tenda de Umbanda Esotérica Divina Luz – TUEDLUZ em visita aos irmãos de fé que fazem de nossa querida Mãe Umbanda um motivo ímpar em sua vivências de pura solidariedade e carinho.

Navegamos como sempre fazemos com o coração aberto dentro de uma vivência que faz parte da nossa, e, que é um dos pontos de apoio, inclusive, de irmãos espirituais que se utilizam da mediunidade de irmãos planetários para a simples troca de vivencias entre os seres que habitam o mundo astral e o nosso mundo material.

Inclusive tivemos a oportunidade ímpar de acompanhar o trabalho incansável de Mãe Andréa, que com muita luta e amor a causa, desempenha o seu papel de solidariedade a todos que ali chegam, doando de forma ilimitada as benesses de seu comprometimento as lides doutrinárias de Umbanda.

Pai Guiné está de parabéns, o tempo tem mostrado que vale a pena lutar contra a maledicência, o preconceito, a ignorância e principalmente a omissão que assola os pobres autonomeados chefes de Umbanda. Ao ver o trabalho da TUED-LUZ, sentimos vergonha dos pseudos doutrinadores umbandistas que há muito tempo abandonaram o “amor” em suas atividades espirituais. Fazendo de nossa querida doutrina uma salada de exclusão, revanchismo e achaques subjetivos e pessoais de toda a monta.

Prefiro os 30 (trinta) anos de luta incansável e solitária dos irmãos da TUEDLUZ, que um minuto de glórias fajutas e depauperadas que assolam nosso mundo desde os tempos mais remotos. Onde os cegos de sempre conduzem outros cegos e a rotina do comodismo dá o tom da música. Pela simplicidade, pela alegria, pelo amor e dedicação, agradeço aos irmãos da TUEDLUZ na pessoa de sua dirigente Mãe Andréa, os momentos de alegria e reencontro que tivemos. Declarando desde já que estamos nos disponibilizando a oferecer o pouco que possuímos em favor de nossa família umbandista que se reencontra em momento muito oportuno para todos nós.

Aranauam!

Luís Gustavo – Sacerdote YRUARA
TUES-TUO/BH

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

30º NATAL DO MENOR CARENTE TUEDLUZ


Mais uma vez, a TUEDLUZ realizará o Natal do Menor Carente, evento beneficente que pretende assistir crianças necessitadas e suas famílias, através da doação de materiais (brinquedos, cestas básicas, material escolar) e a realização de atividades recreativas. Em 2011, estaremos realizando a trigésima edição desta iniciativa filantrópica, idealizada há três décadas por nossa saudosa Mãe Tina.

Tradicionalmente, o evento também conta com a “chegada do Papai Noel”, momento este que agrega bastante emoção e alegria à cerimônia de entrega dos presentes aos pequenos. As famílias das crianças que participam da Festa são criteriosamente avaliadas pelo nosso departamento de assistência social, para que sejam identificados os casos de maior carência.

Quer participar conosco? Basta doar brinquedos, material escolar, roupas e calçados para crianças entre 3 e 7 anos. A contribuição também pode ser em gêneros alimentícios não perecíveis, que formarão as cestas básicas que serão distribuídas às famílias dos assistidos. Para doação em espécie, os nossos dados bancários são:

Banco Itaú
Agência: 3103
Conta-Corrente: 00567-8

Para doação de materiais, estaremos recebendo-os nos dias e horários de nossas reuniões públicas, ou através de agendamento para entrega em dia/horário distintos. Para isto, combine antecipadamente conosco, pelo telefone 3477-7822, durante as segundas ou sextas-feiras, a partir das 18:30h.

Desde já, agradecemos a todos pela mobilização, e estendemos o convite para comparecimento a essa emocionante celebração cristã!

sábado, 12 de novembro de 2011

AH, EU RECOMENDO!


MISTÉRIOS E PRÁTICAS NA LEI DE UMBANDA
W.W. da Matta e Silva (Mestre Yapacani)

Neste Mistérios e Práticas da Lei de Umbanda, Mestre Yapacani apresenta os fundamentos básicos da magia e das práticas ritualísticas, ensinando seus reais princípios, que, por sinal, muitos se furtam a revelar, talvez para não atestar seu desconhecimento. Além dos mistérios da teogonia dos Tupis, neste livro encontra-se também uma orientação precisa para a realização da magia das oferendas, assim como uma série de pontos cantados de Raiz. Trata-se de uma obra que tem a pretensão de decompor, com a devida transparência, três pontos do ritual de Umbanda que mais suscitam dúvidas e julgamentos (preconceituosos): mediunidade, magia e oferenda.

Mais um antológico compêndio, para que possamos reconhecer a Umbanda como uma síntese milenar de filosofia, religião, ciência e arte, que se revela para toda a humanidade, na medida em que esta se interessa - desprovida de curiosidade fútil ou entusiasmo volátil - pelos ângulos mais profundos do Sagrado. 


Mistérios e Práticas na Lei de Umbanda
W.W. da Matta e Silva (Yapacani)
224 páginas, Editora Ícone
R$ 30 (em média, sem frete)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

PARA REFLETIR...


A MORTE, POR STEVE JOBS.
Abaixo transcrevemos um belo discurso proferido por Steve Jobs, fundador da Apple, durante uma formatura na Universidade de Stanford, em 2005. Jobs desencarnou no último dia 5 de outubro, vitimado por um raro tipo de Câncer. Em se tratando de religiosidade, se declarava budista.


“Às vezes a vida te bate com um tijolo na cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me fez continuar foi que eu amava o que eu fazia. Você precisa encontrar o que você ama. E isso vale para o seu trabalho e para seus amores.Seu trabalho irá tomar uma grande parte da sua vida e o único meio de ficar satisfeito é fazer o que você acredita ser um grande trabalho. E o único meio de se fazer um grande trabalho é amando o que você faz. C.aso você ainda não tenha encontrado [o que gosta de fazer], continue procurando. Não pare. Do mesmo modo como todos os problemas do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer relacionamento longo, só fica melhor e melhor ao longo dos anos. Por isso, continue procurando até encontrar, não pare.

Você não pode conectar os pontos olhando para a frente; você só pode conectar os pontos olhando para trás. Assim, você precisa acreditar que os pontos irão se conectar de alguma maneira no futuro. Você precisa acreditar em alguma coisa – na sua coragem, no seu destino, na sua vida, no karma, em qualquer coisa. Este pensamento nunca me deixou na mão, e fez toda a diferença na minha vida.

Lembrar que eu estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que eu encontrei para me ajudar a fazer grandes escolhas na vida. Por que quase tudo – todas as expectativas externas, todo o orgulho, todo o medo de se envergonhar ou de errar – isto tudo cai diante da face da morte, restando apenas o que realmente é importante. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira para eu saber evitar em pensar que tenho algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir o seu coração.

Isto foi o mais perto que cheguei da morte e espero que seja o mais perto que eu chegue nas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso dizer agora com mais certeza do que quando a morte era apenas um conceito intelectual: nnguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para ir para lá. Ainda, a morte é um destino que todos nós compartilhamos. Ninguém conseguiu escapar dela. E assim é como deve ser porque a morte é talvez a melhor invenção da vida. É o agente que faz a vida mudar. É eliminar o velho para dar espaço para o novo. Neste momento, o novo são vocês, mas algum dia não tão longe, vocês gradualmente serão o velho e darão espaço para o novo. Desculpa eu ser tão dramático, mas é a verdade.

Seu tempo é limitado. Por isso, não perca tempo em viver a vida de outra pessoa. Não se prenda pelo dogma, que nada mais é do que viver pelos resultados das ideias de outras pessoas. Tenha vontade, tenha juventude. Eu sempre desejei isso para mim. E agora, que vocês se formam para começar algo novo, eu desejo isso para vocês.”

terça-feira, 8 de novembro de 2011

AMIZADE QUE NUNCA É TARDIA!


Recentemente, experimentamos enorme alegria por encontrar e estreitar laços de amizade com distintos irmãos planetários, genuínos guardiões da Raiz de Guiné, que há muito críamos não mais existirem tão próximos de nós, dada a crepuscular conjuntura da Umbanda Esotérica em algumas regiões do país, após o desenlace de Mestre Yapacani.

Por dever de consciência e em sincero manifesto de apreço, recomendamos a todos os nossos visitantes a leitura dos seguintes sítios virtuais, administrados por estes valiosos amigos, que refletem a essência rediviva de nossa amada Umbanda:


AH, EU RECOMENDO!


LIÇÕES DE UMBANDA (E QUIMBANDA) NA PALAVRA DE UM PRETO-VELHO
W.W. da Matta e Silva

Em 1961, quando lançou este livro, Matta e Silva teve por objetivo atender a incontáveis pedidos de admiradores e simpatizantes da Umbanda, e mesmo seguidores dos Princípios ou Regras estabelecidos pelos seus trabalhos nesse campo. Há nesta obra, que tem caráter mediúnico, um diálogo edificante entre um “Filho-de-Fé” (um médico encarnado) e um “Preto-Velho”. Interessante notar que, por toda a extensão do livro, percebe-se que a Entidade mediunicamente manifestada se expressa com enorme conhecimento da Ciência, Filosofia, Arte e Religião, revelando ao leitor como os Espíritos que “descem” do Astral de Umbanda já percorreram o caminho milenar da erudição e da sublimação de todas as coisas materiais, e agora labutam de maneira sacrificial, por via da mediunidade, para nos direcionar a patamares mais elevados de cristandade e espiritualidade.


Lições de Umbanda e Quimbanda na Palavra de um Preto-Velho
W.W. da Matta e Silva (Yapacani)
184 páginas, Editora Ícone
R$ 27 (em média, sem frete)

Locais na Internet para aquisição do livro:

Editora Ícone (link direto)

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

BAÚ DA MÃE



DIFERENÇAS?

Irmão leitor, você vê diferença ente um médium umbandista e um kardecista? Entre um candomblecista e um umbandista? E entre um umbandista e um quimbandeiro?

Bem, diferença “orgânica” não existe. A faculdade mediúnica se expressa da mesma forma em nossos corpos físico e astral, não importando a qual corrente espiritualista tenhamos optado em seguir. Porém, quando agregamos, ou melhor, praticamos a mediunidade sob determinadas regras de um sistema religioso, que escolhemos pelo livre-arbítrio e (principalmente) pelo nosso grau consciencional, aí sim, muitas diferenças passam a existir entre médiuns e mediunidades.

Vejamos: o médium “kardecista”, por exemplo, prima pelo estudo do Evangelho Cristão, e pela apreciação literária das cinco obras publicadas por Allan Kardec, denominadas como o Pentateuco Espírita. Costumeiramente, atuam sob modalidades mediúnicas sutis, como a psicografia, piscofonia e a intuição, e lançam mão de práticas terapêuticas assistidas pelos Espíritos, como o passe magnético e a fluidificação de águas.

O médium umbandista (obviamente, o autêntico!), além do estudo do Evangelho do Cristo Jesus, trabalha  rotineiramente sob a dita "mecânica da incorporação”, servindo como instrumento de Entidades que pertencem a um triângulo sagrado de formas de apresentação (caboclo, preto-velho e criança). Esta prática é a mais corriqueira, mas não a única. Se a situação exigir, também há psicografia, xenoglossia, sensibilidade extra-sensorial, materialização e outros fenômenos espiríticos em terreiros de Umbanda. Além disso,  a liturgia umbandista  também exige de seus médiuns o estudo e a  aplicação de fundamentos não abarcados pelo dito Espiritismo, como a magia, a oferenda, o emprego astromagnético de elementos minerais e vegetais, a arte oracular, dentre outros preceitos doutrinários milenares.

Alguns médiuns se enveredam por caminhos que os tornam praticantes contumazes e subservientes de trabalhos que fogem da verdadeira missão mediúnica. Em profundidade, não nos cabe aqui o julgamento das atividades destes irmãos, tampouco nomenclaturar os cultos que se distanciam da prática mediúnica caritativa, tornando-a como moeda de troca. Mas é evidente que a prática da mediunidade não pode ser norteada por questões financeiras, pois isso, fatalmente, implica em favorecimentos pessoais e sociais, algo inadmissível para um legítimo medianeiro do Astral Superior.

Nossa comparação entre um estilo de mediunidade e outro não pretende afirmar que nós, umbandistas, somos os melhores médiuns existentes na face da Terra. Não! Somos todos de igual importância perante o Pai Excelso, sejamos médiuns ou não! Os múltiplos sistemas religiosos existentes em nosso orbe refletem, tão somente, a variedade de consciências e aptidões existentes dentre nós, seres encarnados. Não há médium mais “poderoso” que outro. Há, sim, tarefas distintas, sinergicamente dispostas dentro de um mesmo ideal: o alcance da cristandade plena pelo maior número possível de pessoas.

Somos todos iguais no que tange à mediunidade. No entanto, caminhos diferentes nos levam a crer que, com quanto mais ilibação conduzirmos o dom mediúnico, mais estaremos agraciados pela misericórdia divina. Um médium que trapaceia, mistifica, comercializa sua faculdade, não atingirá a finalidade precípua de sua mediunidade: a aproximação com Deus.

Sejamos, pois, os seareiros da Vontade Divina, para que possamos cumprir o dever que assumimos perante a Deus e a nós mesmos, no momento do reencarne. Jamais nos esqueçamos que mediunidade se “faz” sem ostentação e vaidade, da mesma maneira como o Cristo asseverou: com uma das mãos, sem que a outra saiba...

Jesus seja sempre louvado!


Mãe Tina
(artigo originalmente publicado no Periódico Buscando Luz Nº 14 – edição de fevereiro de 1998).


sábado, 5 de novembro de 2011

PARA REFLETIR

Fonte: perfectlytimedphotos.com

A ALMA DO MUNDO

Quando você conseguir superar
graves problemas de relacionamentos,
não se detenha na lembrança dos momentos difíceis,
mas na alegria de haver atravessado
mais essa prova em sua vida.

Quando sair de um longo tratamento de saúde,
não pense no sofrimento
que foi necessário enfrentar,
mas na bênção de Deus
que permitiu a cura.

Leve na sua memória, para o resto da vida,
as coisas boas que surgiram nas dificuldades.
Elas serão uma prova de sua capacidade,
e lhe darão confiança
diante de qualquer obstáculo.

Uns queriam um emprego melhor;
outros, só um emprego.
Uns queriam uma refeição mais farta;
outros, só uma refeição.
Uns queriam uma vida mais amena;
outros, apenas viver.
Uns queriam pais mais esclarecidos;
outros, ter pais.

Uns queriam ter olhos claros;
outros, enxergar.
Uns queriam ter voz bonita;
outros, falar.
Uns queriam silêncio;
outros, ouvir.
Uns queriam sapato novo;
outros, ter pés.

Uns queriam um carro;
outros, andar.
Uns queriam o supérfluo;
outros, apenas o necessário.

Há dois tipos de sabedoria:
a inferior e a superior.

A sabedoria inferior é dada pelo quanto uma pessoa sabe
e a superior é dada pelo quanto ela tem consciência de que não sabe.
Tenha a sabedoria superior.
Seja um eterno aprendiz na escola da vida.

A sabedoria superior tolera;
a inferior, julga;
a superior, alivia;
a inferior, culpa;
a superior, perdoa; a inferior, condena.
Tem coisas que o coração só fala
para quem sabe escutar!

Chico Xavier

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

AH, EU RECOMENDO!


UMBANDA DO BRASIL
W.W. da Matta e Silva (Mestre Yapacani)

Esta obra é a síntese substancial de um árduo trabalho realizado por W. W. da Matta e Silva em seus vários anos de militância dentro do Movimento Umbandista. Revela aspectos profundos e ainda hoje inéditos dentro do panorama deste Movimento, pois ressalta, acima de tudo, os verdadeiros fundamentos da Umbanda, cujas revelações, pouco a pouco se descortinam, mostrando muito mais do que os olhos e as mentes profanas conseguem absorver. É uma obra voltada para os Umbandistas verdadeiros e honestos, e mesmo para os pesquisadores que desconheçam a real pureza da Umbanda, seus mistérios e finalidades. Neste livro, há uma compilação dos assuntos fundamentais tratados nas obras anteriores do autor, e mostra as raízes históricas, míticas e místicas da Umbanda; as fusões e as misturas que levam muitos a terem uma idéia deturpada e estreita desta senda; revela, ainda, entre outros conceitos, a origem real, científica, histórica e pré-histórica da palavra Umbanda; a razão de ser da forma e apresentação dos espíritos em nossos terreiros; a diferença fundamental entre o médium umbandista e o médium da mesa kardecista; quais são os principais fatores que levam os médiuns a decaírem em seus mediunismos; o que o médium umbandista tem de observar para manter suas condições mediúnicas; o que é magia; o que é um médium magista; o que é a Lei de Salva." 

Por tudo isto, Umbanda do Brasil é, em suma, uma obra ímpar, atualizadíssima em seus conceitos, apesar dos já quase quarenta anos de sua primeira edição. Para quem não possui recursos financeiros suficientes para a compra das nove obras de Matta e Silva, este livro certamente deve constar como prioridade de aquisição, pois nele estão reunidas todas as matérias fundamentais para a compreensão adequada da Umbanda Esotérica.


Umbanda do Brasil
W.W. da Matta e Silva (Yapacani)
435 páginas, Editora Ícone
R$ 50 (em média, sem frete)

terça-feira, 1 de novembro de 2011

FINADOS


No dia 2 de novembro, temos por costume reverenciar nossos mortos. Entretanto, para nós umbandistas, não enxergamos a necessidade de um dia especial para prestar homenagens materiais a quem já se livrou da matéria, bem como cobrir túmulos de flores ou verter lágrimas consternadas.

Os irmãos desencarnados precisam de preces, isto sim. Mas preces despojadas de sentimentos pesados, que possam desprender vibrações perturbadoras, de inconformidade. Lá, no mausoléu, encontram-se apenas restos mortais. O Espírito já está à disposição de Deus, e traçará o seu caminho no além-túmulo conforme a forma como procedeu em vida terrena. Dependendo do tempo já transcorrido desde o desencarne, nossos finados podem inclusive já estar dentre nós novamente, reencarnados. Choramos então por quem foi, mas já voltou!

Entretanto, não podemos nem pensar em impedir o assédio dos enlutados aos cemitérios, pois isso lhes faria enorme mal. Apesar de não coonestar o hábito, entendemo-lo, assistindo em nosso Templo a massa que crê na “vivência” de seu ente querido ali, sob a lápide, ignorando em plenitude que ele já se desligou há muito da matéria. São pessoas que ainda estão com limitadas percepções acerca da Vida Maior, e respeitamos essa situação.

O Dia de Finados já se tornou habitual, e é culturalmente influente em nossa sociedade. A melancolia inata ao evento talvez seja oriunda de uma tradição lusocatólica, dos tempos da Colonização. Curiosamente, outras nações promovem essa data de maneira distinta. Podemos notar no México, por exemplo, alegres festejos que reverenciam a morte e os mortos. Também comemorado em novembro, no Dia de los Muertos há a profusão de músicas, danças, comidas típicas e doces, em um costume que remonta à milenar cultura Asteca. Um interessante contraponto cultural com a forma brasileira de preceituar a morte (veja mais a respeito clicando aqui).

À luz de uma fé espiritualizada, na qual se situa o sistema de culto umbandista, o dia de Finados, sob qualquer cerimonial, acaba perdendo a sua razão de ser. Vejamos algumas oportunas considerações de Emmanuel sobre o assunto, psicografadas por Chico Xavier e publicadas no livro “Encontro Marcado”:

* Não te encerres no passado, com a suposição de honrar a vida. Cada tempo da criatura na terra se caracteriza por determinada grandeza,  que não será lícito falsear...

* Não julgues que ames a alguém, sem que lhe compreendas as necessidades de cada período da existência. A isso nos reportamos a fim de que ajudes positivamente aos seres queridos que te precederam na grande romagem da desencarnação. Sem dúvida, agradecem eles o carinho com que lhes conservas o retrato da forma física ultrapassada; contudo, ser-te-ão muito mais reconhecidos sempre que lhes reconstituas a presença através de algum ato de bondade a favor de alguém, cuja memória agradecida lhes recorde o semblante em momentos de alegria e de amor, que nem sempre no mundo puderam cultivar.

* Decerto, sensibilizam-se ante a flor que lhes ofertam às cinzas, mas se regozijam muito mais com o socorro que faças a quem sofre, doado em nome deles, e pelo qual se sentem mais atuante e mais vivos, junto daqueles que ficaram...

* Quando mentalizares os supostos desaparecidos na voragem da morte, pensa neles do ponto de vista da imortalidade e do progresso.

* Reverencia aqueles que partiram na direção da Vida Maior, mas converte a saudade e o pesar em esperança e serviço ao próximo.

Enfim, é importante compreendermos que ninguém morre, apenas muda de situação, sob os ditames da Eternidade incorpórea que nos envolve e nos faz evoluir. Confiemos na Providência Celestial, pois ela encaminha com Justiça e Sabedoria o caminho suprafísico dos entes que já nos deixaram.


Andréa Oliveira Salgado
e Luciano M. Leite