quarta-feira, 31 de agosto de 2011

PARA REFLETIR...


APRENDA A ESCREVER NA AREIA

Dois amigos viajavam pelo deserto. Num determinado ponto da viagem eles discutiram. O ofendido, sem nada a dizer, escreveu na areia: “Hoje, meu melhor amigo me bateu no rosto”.

Seguiram e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-se. O que havia sido esbofeteado começou a afogar-se sendo salvo pelo amigo. Ao recuperar-se pegou um estilete e escreveu numa pedra: “Hoje, meu melhor amigo me salvou a vida”.

Intrigado, o amigo perguntou: “Por que depois que te bati, você escreveu na areia e agora escreveu na pedra?”

Sorrindo, o outro amigo respondeu: “Quando um grande amigo nos ofende, deveremos escrever na areia onde o vento do esquecimento e do perdão se encarreguem de apagar. Porém, quando nos faz algo grandioso, deveremos gravar na pedra da memória do coração onde vento nenhum do mundo poderá apagar!”

autoria: Malba Tahan
(do livro "O Gato de Cheique e outras histórias)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

BAÚ DA MÃE

MEDIUNIDADE x MÉDIUM
Ter ou não ter, ser ou não ser. Eis a questão.

Mediunidade é um dom que Deus concede ao homem, de forma seletiva e karmânica (e não como uma faculdade concedida a todos os seres, como querem acreditar alguns), a fim de que Espíritos benfazejos possam tonificar a transmissão do Evangelho Cristão em cultos que acolhem a manifestação mediúnica como instrumento doutrinário. É coisa sacra, que seve ser praticada religiosamente, e exige do médium um trino compromisso – físico, moral e espiritual. É uma delicada flor que, para desabrochar, necessita de cuidados e preparos, para que a sua prática em nome de Deus e de Jesus seja um traço de luz perene, entre as lutas e vitórias de nossa vida terrena. É uma bênção de Deus, quando colocada a serviço da caridade; é oportunidade para resgatar débitos passados, mediante a correção de nossas próprias deficiências perante a luz divina.


Em todos os tempos, o médium tem sido o mensageiro dos Espíritos, intermediário entre uma forma de vida e outra, entre um mundo e outro. Ser médium é algo sublime.  É preciso ser responsável, dedicado, honesto, sincero e humilde. Mediunidade implica em sacrifício, renúncia, mas não conduz ao fanatismo. Óbices sempre aparecem, e mesmo aqueles que são tramados pelo Astral Inferior constituem valiosos desafios para que o médium incremente seu karma positivo, e supere ímpetos de desânimo, medo ou covardia perante a atividade mediúnica.

Quando praticada em observância aos preceitos cristãos, a mediunidade age como poderosa alavanca para a maturação de nossa na fé em Deus. Mas, para ser verdadeiramente um médium, é necessário que tenhamos apreço pelo estudo e pela correição de atitudes. Mentores Espirituais não “baixam” à revelia de nossa condição moral. Não “limpam” nossos graves desvios de conduta, como se fôssemos meros fantoches. Para sermos mensageiros de prepostos do Cristo, temos que zelar pela nossa própria cristandade.

A mediunidade não é interrompida pelo homem, a não ser pela sua própria conduta moral. Em muitos casos, é suspendida quando canalizada para fins mercantilistas. Quando um médium se entrega aos caprichos de seu ego, e passa a ver seu dom mediúnico como forma de ganhar dinheiro fácil, atendendo aos desejos escusos daqueles que o procuram, somente dois destinos o acolhem: ou serve como medianeiro de espíritos malévolos, ou simplesmente finge estar trabalhando mediunicamente, dado o afastamento de seus antigos Mentores Espirituais de iluminada condição.

Ao médium não é dado o “poder” de dosar ou dar por encerrado o cumprimento de sua missão. Aliás, inúmeros casos demonstram que nossas tarefas mediúnicas cessam no momento que também chegamos ao fim de nossa existência terrena. Portanto, irmão de fé, tenham em mente esta assertiva: Não se iluda com a “aposentadoria” de seu dom mediúnico. Ela não ocorrerá!

O médium não deve encarar o seu dom como castigo. Se assim proceder, é melhor até que abdique de praticá-lo, pois tarefa mediúnica realizada de mal grado nos conduz a gravosos desconfortos e desvarios. Só não podemos nos esquecer da responsabilidade que assumiremos quando, no desencarne, restar constatado que suprimimos o exercício da mediunidade em nossa existência, deixando de ajudar, instruir e consolar irmãos necessitados. Muitos comentam sobre o “desenvolvimento mediúnico”. Posso dizer que a melhor receita para esse desenvolvimento reside na prática de frases simples: amar para ser amado, fazer o bem sem dizer a quem, não esperar agradecimentos, muito menos pagamentos, não se melindrar por migalhas e não pensar, em hipótese alguma, que a sua parcela de contribuição na vida espiritual é somente mediúnica, se esquecendo de participar de outras tarefas em sua Casa de Oração.

Lute para crescer na rotina de sua própria consciência espiritual, sempre erigindo atos que o dignifiquem como médium!

Mãe Tina
(artigo originalmente publicado no Periódico Buscando Luz Nº 26 – edição de fevereiro de 1999).

domingo, 28 de agosto de 2011

PARA REFLETIR...

OS OVOS, AS CENOURAS E O PÓ DE CAFÉ


Certa moça queixou-se a seu pai sobre sua vida e de como as coisas estavam tão difíceis para ela. Ela já não sabia mais o que fazer e queria desistir.
Estava cansada de lutar e combater. Parecia que, assim que um problema estava resolvido, um outro surgia.

Então, seu pai levou-a até a cozinha. Encheu três panelas com água e colocou cada uma delas em fogo alto. Logo, as panelas começaram a ferver.
Em uma delas, colocou cenouras, em outra, ovos e, na última, pó de café.
Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra. A filha deu um suspiro e esperou pacientemente, imaginando o que ele estaria fazendo.

Minutos depois, ele apagou o fogo. Pegou as cenouras, os ovos e o café, colocando-os em recipientes separados. Virou-se para a filha e perguntou:

Querida, o que você está vendo?
Cenouras, ovos e café - ela respondeu.

Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras.
Ela obedeceu e notou que as cenouras estavam macias.
Ele, então, pediu-lhe que pegasse um ovo e o quebrasse. Ela obedeceu e, depois de retirar a casca, verificou que o ovo endurecera com a fervura.

Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do café. Ela sorriu ao sentir seu aroma delicioso e então perguntou:

- O que isto significa, pai?
Cada um destes - a cenoura, o ovo e o café - enfrentou a mesma adversidade, a água fervendo, mas cada um reagiu de maneira diferente. A cenoura, outrora crua e rígida, amolecera e se tornara frágil. Os ovos, antes frágeis,
mesmo com sua casca protegendo o líquido interior, tornaram-se firmes e mais resistentes. Já o pó de café é incomparável: depois que o coloquei na água fervente, ele mudou a própria água.
Após profundo silêncio, o pai prosseguiu:
Qual deles é você? Quando a adversidade bate à sua porta, como você responde? Você é a cenoura, o ovo ou o pó de café?

Você é como a cenoura, parecendo firme e forte, mas, com a dor e a adversidade, murcha e se torna frágil, perdendo sua força? Ou será que você é como o ovo, começando maleável, mas, depois de sofrer alguma pressão da vida, torna-se dura? Sua "casca" até parece a mesma, mas por dentro, você está dura. Será que você é como o pó de café? Você transforma o meio que a aflige, altera o que está trazendo a dor e oferece algo melhor e mais gostoso do que havia antes da adversidade?

E você, leitor? Como lida com a adversidade? Pense nisto. Você é a cenoura, o ovo ou o café?



autoria desconhecida

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

PARA REFLETIR...


NÃO SEJA DE VIDRO

O melindre costuma causar estragos nas relações humanas.
Por excesso de sensibilidade, amizades são rompidas
e grupos se desfazem.
A pessoa melindrosa ofende-se com muita facilidade.
Ela identifica intenções ofensivas nas coisas mais banais.
Uma simples brincadeira ou uma palavra mal escolhida podem
fazê-la sentir-se gravemente ofendida.
Uma criatura tão delicada, fica sempre atenta aos atos
e dizeres dos outros.
Se encontra qualquer coisa remotamente parecida com uma crítica,
melindra-se.
Esse modo específico de sentir revela uma grande vaidade.

O melindroso imagina-se o centro das atenções aonde quer que vá.
Acredita que os outros se preocupam em excesso com ele.
Justamente por isso, pensa que tudo o que é feito ou dito
a sua volta refere-se a sua pessoa.
E a realidade é que os homens gastam muito pouco tempo
preocupando-se de forma definida com seus semelhantes.

Cada qual tem sua vida e seus problemas.
Salvo se você for uma sumidade em determinada área,
provavelmente os que o rodeiam não se ocupam
particularmente com seus atos.
Fora de seu grupo familiar, raramente alguém se detém
para esmiuçar seu proceder.
E quando o faz, é por breve tempo.

Não se imagine o centro do mundo.
Os outros não falam ou agem com o firme propósito de ofendê-lo.
Eles nem pensam muito em você.
Não seja de vidro no trato com os semelhantes.
Não veja ofensas onde elas não existem.
Preocupe-se com a essência das coisas.

O corre-corre do mundo moderno nem sempre permite
que tudo seja dito ou feito com a suavidade desejável.
Certamente você também não pensa inúmeras
vezes em cada palavra que diz.
E igualmente não pauta sua vida pelo interesse
de atingir os que o rodeiam.
Muitos de seus atos e palavras podem ser mal interpretados.

Ocorre que quem procura razão para sentir-se
ofendido certamente encontrará.
Trata-se principalmente de um estado de espírito.
Conscientize-se dessa realidade.

Não se imagine mais importante do que na realidade é.
Viva com leveza e bonomia.
Se alguém criticar algo que você tenha feito, não se ofenda.
Não torne tudo pessoal.
A crítica nem sempre é destrutiva.
Aceite que você às vezes falha.

As observações dos amigos podem auxiliá-lo a ser melhor.
Procure tolerar sem melindre, mesmo alguma
observação maliciosa a seu respeito.
Em um ambiente descontraído, com frequência
alguém é motivo de piadas.
Trata-se de uma dinâmica especial de certos locais.
E a intenção raramente é ofender.

Tanto é assim que se altera constantemente o alvo da troça.
É necessário que os participantes de um grupo ou meio social
tenham liberdade uns com os outros.

Evidentemente, há limites para tudo.
Mas sem uma certa dose de sinceridade e espontaneidade,
resta somente a formalidade e a hipocrisia.
Em um clima hipócrita, nada de real se cria e
ninguém se sente seguro e à vontade.

Assim, seja leve em seu viver.
Não se ofenda a todo instante, por tudo e por nada.
Isso apenas o isolará de seus semelhantes,
sem qualquer resultado útil.

Pense nisso.

Fonte: texto da Equipe de Redação do "Momento Espírita"


quinta-feira, 25 de agosto de 2011


ORIXÁ, QUEM ÉS?
 
EIS que mandei dar um Grito de Alerta a todos os Filhos da Lei; eis que mandei “pedaços” do GRANDE VEU serem rasgados... Eis que ordenei a toda BANDA despertar seus filhos diletos... Eis ainda, de YOXANAN, escolhidos estão... Eis que agora, dou um segundo BRADO. TREMEI, tremei e sacudi os “cascões” que vos cobrem o “Ego”. RASGAI as máscaras da vaidade que vos cegam, ofuscando a “visão” interior.

AFASTAI-VOS do “nevoeiro” que “faz morada” nos lugares onde seu NOME é usado envolto num manto escuro, onde placas de lama o tronam tão negro, que os olhos dos bons, dos sinceros na Fé, ficam obscurecidos, por tantas “chamadas”, que não mais conseguem divisar a cor LIRIAL do SEU VERDADEIRO MANTO existente em sua FLOR, “que não fia e não tece”...

Assim, mais uma vez, na inspiração de algo que está em mim e NÃO é meu, escutei aquela mesma “Voz” que não estava súplice... mas, vibrante, como se os clangôres de mil Trombetas paralisassem tudo o que era “vida”; e nesse momento, um pobre “eu”, esfacelado, beijando o “pó do plano terra”, ainda teve forças para interrogar: ORIXÁ, QUEM ÉS?

Tornei a ouvir; Eu não o SOU... SOU aquêle que a SENHORA DA LUZ VELADA, essa UMBANDA de todos nós, mandou, ordenando RELIGAR as diferentes concepções a uma só mística, em tua “única causa”, e posso SER também qualquer Espírito, guia ou protetor, que, por merecimento, afinidade e conhecimento, no imperativo do KARMA, é chamado a colocar-se sob as VIBRAÇÕES ORIGINAIS de uma Entidade Superior, que assim me ordena e capacita como “ORIXÁ”, ainda em Missão, através do mediunismo, inerente ao Plano da Lei de Umbanda, e, ainda, de acordo com minhas aptidões e inclinações, tomar a “forma” que dentro do meu Grau, seja ordenado usar.

EIS ENTÃO, na linguagem fria dos números que “FALAM, REVELAM e NÃO MENTEM”, as provas que vão “pesar” nos vossos evolutivos.

Comecemos pelo 1 de UMA LINHA, que fixa as vibrações em mais 7. Desdobremos Esses, 7 vezes mais 7, encontramo-los “vivendo” em mais 49 coordenadas; somemos estes 3 totais e a soma, 57, multipliquemo-la por 7 e verificamos que sua “expansão” gerou um TOTAL de 399 “ORIXÁS”, componentes da dita LINHA; “centralizemos” esse total, em seu significado, no DIVINO. A soma dos números 3, 9, 9, é igual a 21, que dividida ainda pelo 3, gera um 7, ou por este, gera um 3, isto é, as LINHAS, as LEGIÕES e as FALANGES, OU, o primeiro 3 que se compondo de 3 partes, forma UM TRIÂNGULO; o segundo número 9, que é composto de 3 partes 3 vezes, forma TRÊS TRIÂNGULOS; e o terceiro número 9, é igual a mais TRÊS TRIÂNGULOS que, somados, DÃO SETE TRIÂNGULOS das SETE VIBRAÇÕES ORIGINAIS, que, se “condensando” em seus PONTOS INICIAIS, “formam-se” em CÍRCULOS, que SÃO AS SETE ESFERAS, girantes em torno de UM.

Este total de UMA LINHA em expansão de SETE, gerou o TOTAL DA LEI e SUAS LINHAS, com 2.793 ORIXÁS. A soma de cada um destes dois números TOTAIS, gera UM só, o 21, que se divide em SETE, TRÊS, e este, no UM ORIGINAL, pois somente os 7 Orixás PRINCIPAIS de cada Linha, são não-incorporantes, mas, excepcionalmente, conferem suas vibrações diretas sobre um aparelho. Observem ainda, que todos os números Primos que traduzem “força” entraram nesta “operação” inclusive o 5 primeiro de uma soma...

Ainda poderia dar-vos mais SEIS CHAVES PELO CÍRCULO INICIAL do TRIÂNGULO em “expansão e centralização” da UNIDADE A TOTALIDADE, provando que os “ORIXÁSDE UMBANDA, “sabem, falam e revelam”... e este “pequenino “eu”, na ânsia incontida de um raciocínio subjugado a um “limite mental”, na sede devoradora de um saber, cambaleante chegou aos “pés” daquele que traz nas “costas” o peso da experiência acumulada através das idades e disse: Pai- preto, fala diz como fazê-los “entender” o que NÃO está arraigado neles, pois, parece-me estou só... e os seus “espinhos” dilaceram tanto... porque escolhido fui entre AQUELES que vão INICIAR?...

Pai-preto, manso, tão suave como o cântico que fala de uma saudade...falou:

- Dize aquilo que É, SERÁ e sempre FOI, Que importa se inúmeros não aceitam? Muitos, entre esses, surgirão que, compreendendo, ajudarão, afirmando hoje e talvez por amanhãs sem fim, a LEI conforme tem que SER. As Entidades Siderais que irradiam suas vibrações dos diferentes Planos até chegar ao circunscrito ao Planeta Terra, ESCOLHEM Espíritos, - guias ou protetores – que, envolvidos e ordenados por essas FÔRÇAS ORIGINAIS, ficam assim qualificados como trabalhadores da Grande Lei de Umbanda, os quais são elevados a uma CHEFIA que seu evoluir lhes confere.

Certas palavras são usadas e transmitidas ao mediúnico dos nossos irmãos cativos na matéria que, desconhecendo ou “esquecendo” seu verdadeiro significado, por NÓS são lembrados, quando em Missão assistimos a qualquer povo de acordo com as concepções imperantes em seus componentes na Época.

E nunca oriundas de raças primitivas, que fundiram superstição e fetichismo no atavismo, dando-lhe o valor que seus “entendimentos” podiam aquilatar, porque as vibrações, nos seus efeitos das Leis da Natureza, QUER pela arte de seus “Elementos Astrais”, QUER pela influência dos mesmos em seus psiquismos, FOI-LHES INTUÍDO OU ENSINADO QUE ERAM, de acordo com os fenômenos dos quais eles tinham VAGOS conhecimentos, FORÇAS enviadas, de UM ASTRO, que, nos prazos conhecidos, também se repetiam. Como não é um só planeta que faz sentir sua influência na Terra, essas ditas MANIFESTAÇÕES DE CADA UM, pensavam partirem também dos “ORIXÁS”, benéficos ou maléficos e apelavam nos seus “trabalhos” de invocações, a proteção DAQUELE que desejavam ou temiam no momento, e, assim, imploravam a UM ORIXALÁ que mandasse favorecê-los ou perdoá-los “por seus Orixás”.

Particularmente ao SOL, acreditavam ser o maior, e por onde um poder superior que eles não definiam bem, OLHAVA diretamente para TUDO!

Para isso, por ANALOGIA, podeis aferir, nas multidões atuais, o pouco que melhoraram quanto ao “sentido exato” dessas mesmas palavras, inclusive os Livros que ainda as traduzem pelas concepções daqueles tempos...

E, na quietude final de uma madrugada, os galos anunciavam o dia, parecendo nos seus cantares dizer: ORI-XÁ, ORIXA-LÁ... como se com isso, dissessem: LUZ DONA DO CÉU, vem che-gan-do...


W. W. da Matta e Silva (Mestre Yapacani)
[originalmente publicada no livro Umbanda de Todos Nós, 2ª edição (1960) - Livraria Freitas Bastos].

terça-feira, 23 de agosto de 2011

domingo, 21 de agosto de 2011

PARA REFLETIR...

O MAIS SINCERO BEIJO


Em julho de 1999, Jeff Clark, bombeiro na cidade de Charlotte/EUA, havia acabado de salvar uma cadela da raça Doberman de um incêndio, resgatando-a e levando-a para o gramado à frente da casa. Depois, continuou a combater o incêndio. 
  
Ela estava prenha. O bombeiro teve medo dela no início, pois nunca havia resgatado um Dobermann. Quando finalmente o fogo foi extinto, o bombeiro se sentou na grama para recuperar o fôlego e descansar.
 
Um fotógrafo do jornal 'The Observer' notou que a Dobermann olhava fixamente para o bombeiro. Ele a viu andar na direção deste, e se perguntou o que a cadela iria fazer. Enquanto o fotógrafo levantava a câmera, ela se aproximou do bombeiro que tinha salvado sua vida, bem como dos seus futuros filhotes, e o lambeu...


Moral da história?
'Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da Criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante.'


terça-feira, 16 de agosto de 2011

AH, EU RECOMENDO!

"MEMÓRIAS DA UMBANDA DO BRASIL" 
(Ronaldo Antônio Linares & Diamantino Fernandes Trindade)


Recomendamos outra obra literária de Diamantino Fernandes Trindade, de distinta qualidade, produzida em parceria com Ronaldo Antônio Linares. Confira abaixo a sinopse de "Memórias da Umbanda do Brasil" - mais um livro que resgata com a devida dignidade a trajetória histórica da nossa Umbanda.

A história da Umbanda é uma grande pesquisa em construção. Assim, sempre que novos documentos se apresentam, os autores procuram fazer a sua divulgação para que cada vez mais os umbandistas conheçam as origens e o desenvolvimento histórico da sua religião. Esta obra resgata alguns desses documentos e aborda alguns temas que, ao longo da história, têm sido motivo de muitos estudos e polêmicas, como as conquistas dos umbandistas, a Umbanda na Mídia, a metodologia utilizada na pesquisa histórica da Umbanda, pontos de força de um terreiro, obsessores, animismo e mistificação. Quando novos documentos se apresentam é necessário um novo olhar sobre determinado tema. Assim ocorre neste livro, com uma revisão do início da História da Umbanda. Outros temas, de grande interesse dos umbandistas, são tratados à luz da razão, como as oferendas e obrigações à Yemanjá, o uso indevido dos pontos cantados, aspectos históricos do Hino da Umbanda, banhos e defumações. O leitor encontrará ainda nesta obra um resgate sobre reportagens, livros e revistas que muito contribuíram para a divulgação da Umbanda. Uma interessante viagem no túnel do tempo mostra imagens que nos trazem muita saudade de tempos idos e também dos tempos atuais. Leal de Souza reaparece com novos documentos pesquisados e revelados. Esta obra é uma importante contribuição aos milhões de umbandistas que diariamente frequentam os terreiros no Brasil e em outros países.


Memórias da Umbanda do Brasil
Ronaldo Antônio Linares & Diamantino Fernandes Trindade
256 páginas, Editora Ícone
R$ 33 (sem frete)

Locais na Internet para aquisição do livro:

Editora Ícone (link direto)
Livraria Cultura (link direto)
Livraria Saraiva (link direto)

Blog de Diamantino Trindade: Mandala dos Orixás

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

BAÚ DA MÃE: A LEI DE CAUSA E EFEITO


Dentro da nossa concepção doutrinária, os males e aflições da vida são muitas vezes expiações do passado. Sofremos na vida presente as conseqüências das faltas que cometemos em existências anteriores (que denominamos karma passivo), e tais resgates persistem em nossa jornada reencarnatória até que tenhamos saldado a dívida de nossas imperfeições, pois que as existências são solidárias umas com as outras.

Essa regra também é conhecida como Lei de Ação e Reação, e ela age na proporção exata do bem ou do mal que tenhamos feito anteriormente. A própria Física nos ensina que para cada ação, há uma reação. Muitos escritores espiritualistas expressam o termo “Lei do Retorno”, que sintetiza outra máxima bem similar: “cada um recebe de volta aquilo que tem dado”.

Diversos são os ordenamentos que regem a nossa vida. Leis naturais, biológicas, sociais, entre tantas outras. É curioso observar que a Lei de Causa e Efeito permeia todas elas. Exemplos disso? Vejamos então:

* Se degradarmos o meio ambiente freneticamente, rompendo o equilíbrio de nosso ecossistema, a Lei de Causa Efeito se fará presente em catástrofes naturais (inundações, deslizamentos de terra, furacões, etc.), que cobrarão a restituição do erro que cometemos perante a Mãe Natureza;

* Se violarmos a saúde de nosso próprio corpo físico, através dos tantos vícios que deterioram nosso equilíbrio biológico, sentiremos a força da Lei de Causa e Efeito na contração de moléstias várias, como o Câncer, a AIDS, a Sífilis, dentre outras mórbidas patologias advindas de nossos comportamentos desregrados;

* Se infringimos uma regra social, a Lei de Causa e Efeito se fará presente por medidas coercitivas levadas à cabo pelo nosso Estado de Direito, através dos diplomas legais que disciplinam nossas obrigações enquanto cidadãos.

Está vendo? A Lei de Causa e Efeito é soberana não somente em vaticínios espiritualistas, mas em qualquer esfera da manifestação humana. Para conviver harmoniosamente com ela, devemos aplicar a Lei do Amor, exemplificada por Jesus, que nos ensinou a amar para que sejamos amados. Esta Lei é a força capaz de modificar a estrutura de nossas vidas e penetrar no nosso “eu” para a nossa felicidade.

Quando aplicamos o Evangelho Cristão em nosso âmago, a Lei de Causa e Efeito se instrumentaliza em Lei da Evolução, isto é, de progresso, de compreensão do resgate das faltas cometidas, como forma de sublimação definitiva de nossa consciência. Não podemos nos esquecer que a Lei de Causa e Efeito compõe a estrutura íntima de uma Lei Divinal, plenamente estabelecida no Amor e na Misericórdia. Deus não deseja a punição do infrator, mas sim, deseja o seu reajuste à ordem, ao dever, para a sua própria felicidade. Essa Lei de reajuste rege o Universo desde a Noite dos Tempos, e jamais foi maculada por uma lógica calcada em atos de “vingança divina” – como alguns irmãos equivocadamente gostam de interpretar, com supedâneo em trechos bíblicos.

Que saibamos compreender e respeitar a Lei de Causa Efeito, para merecermos, então, todas as bênçãos celestiais, caminhando a passos largos para a Glória dos Céus.

Jesus nos abençoe hoje e sempre.

Mãe Tina
(artigo originalmente publicado no Periódico Buscando Luz Nº 30 – edição de julho de 1999).

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

ESTÁ NA HORA, IRMÃOS!

Não importa que você, meu irmão, Umbandista, Ocultista, Magista, Esoterista, Espírita ou seja lá o que for! ...

Você tem uma “gota de luz”?

Se a tem, precisa, já, derramá-la  sobre os que ainda não a possuem...

Pois você deve saber que estamos no fim de um Ciclo onde a seleção, a escoimação ou o expurgo são condições já decididas pelas Hierarquias Superiores, e você precisa cumprir a sua parte! ...

Então, por que essa indiferença, se você sabe e tem meios de elucidar, doutrinar, etc.? o que está esperando? ...

A sua indiferença, o seu comodismo podem não ser conivência direta com os erros, com a exploração, mas talvez seja uma covardia espiritual...

Você sabe que todos que podem de alguma maneira cooperar no combate à ignorância religiosa, à exploração sobre qualquer aspecto, já estão com o “dedo do astral” em cima? Já foram apontados, fichados para esse mister?

Você quer ser fichado nos Tribunais do Astral como indiferente? Porque sua indiferença já foi assim “classificada”: ou é comodismo do egoísta, ou conivência, ou covardia espiritual...

Não se iluda com certas “fórmulas filosóficas” que pregam o desprendimento de tudo...

Ninguém foge à luta, ao combate espiritual, sem cair nas injunções sombrias de seu próprio Karma, pois ninguém dá as costas ao cego de espírito, aos de entendimento ofuscado, e, sobretudo, aos que somente estão esperando “uma gota de luz”, tendo meios pra isso, sem que sofra as conseqüências de sua covardia espiritual...

Sim! Você está meditando sobre isso? Mas, está claro. O caso se resume nisso: Você, podendo, não faz, tendo pra dar, não dá...

Ah! Já sei... Você é apenas um acomodado, não quer contrariar ninguém... Pois sim... Você será incomodado por outros lados...

Irmão Umbandista, Magista, Esoterista, etc.: Cumpra a sua parte desassombradamente! Você tem uma gota de luz! ... Derrame-a sobre a ignorância de seus outros irmãos...

Desencarne levando esse “crédito” para sua ficha kármica, que é o de ter feito todo o possível para ajudar na evolução de seus semelhantes, esclarecendo-os.

Se você é desses que vivem lendo obras espiritualistas, esotéricas, espíritas e mesmo os Evangelhos só para o seu “bem-estar”, não se preocupando em elucidar, quando tem oportunidade, saiba que isso é uma forma de egoísmo muito prejudicial... a você mesmo. Porque você não desconhece o efeito dessa Lei: “dando é que nos credenciamos a receber”...

Sim, não adianta pensar e procurar uma evasiva. Atente: aquele que se intera das grandes verdades pelas luzes que lhes são próprias, deve espalhá-las, deve reparti-las, sempre que puder. Sem que, com isso, queira apagar sozinho a “imensa fogueira do mundo”... Porém, dê o seu “copo de água”...


W. W. da Matta e Silva (Mestre Yapacani)
[originalmente publicada no livro Segredos da Magia de Umbanda e Quimbanda (1964) - Livraria Freitas Bastos].


domingo, 7 de agosto de 2011

UMBANDA, QUEM ÉS?

Oh! Senhora do Karmana... eis-me aqui, pobre “eu” que geme na penumbra da forma e exausto, se arrastando, chega ao pé da TUA PORTA... abafa esse grito ansiado que vibra dentro de minha alma. Ele afere como se instrumentos invisíveis tivessem estacionado seus “NÚMEROS musicais de SONS COLORIDOS”, num lamentoso ... e escuta então.

Contas venho prestar; de YOXANAN, ordens cumpridas dei; em ALERTAS, sua Voz lancei...; de ADVERTÊNCIA seus conselhos espalhei; de CÓLERA, seu “brado” vibrei, e na lousa fria da razão, suas VERDADES REVELEI... E somente o “eco” de um silêncio tumular foi a resposta que senti de “tuas almas”, chegar.

Agora, genuflexo ao pó do “plano terra”, torno a implorar: Oh! Senhora da Banda, sopra chamas de Luz em teus diletos filhos, pois parece, continuam na silenciosa expectativa do ser ou não ser, do duvidar ou crer; dize porque hei de ver tua Lei na interpretação obscurecida de umas “tantas quantidades”, como se de papiros poluídos fossem os fundamentos teus...

Serás, por acaso, essa cigana corriqueira, enfeitada de colares de louça e vidro, que, em requebros lascivos, danças e cantas, despertando o atavismo, essa herança discutível, e estendes as mãos onde as castanholas se chocam, mostrando no multicor das “gangas”, paisagens convidativas, que envolvem aconchegos e conchavos?

Serás talvez, essa dama coberta de sêda e veludo, que habita nesses Templos brilhantes de mármores furta-cores, onde se espalha a Vaidade de seus “donos”, ou serás essa Vestal, de roupagens brancas, que no balouçar das cortinas, deixa apenas aos míseros mortais, entrever um mundo de sonhos orientais, não se podendo distinguir que espécie de Umbanda és?...

Serás ainda essa umbanda que alguns plantarem e outros querem semear, cujas raízes foram transformadas em galhos de Lendas e folhas de Mitologias, gerando frutos exóticos, cujo sabor está em relação com a gula que “cada um tem” de ser seu único e exclusivo possuidor?

E será. Oh! porque será que teus “Orixás” estão em tão prolongado silêncio?...

Será que por “verem” tantos e tantos aparelhos se construírem em veículos próprios e, em conseqüência, “dispensarem os serviços” desses mesmos guias e protetores, passando a fazer de tuas mais simples verdades, um fascinante baralho de “mirongas”, procurando impingir a Gregos e Troianos, o A, B, C, que eles ainda não sabem nem por onde começar?

E assim, como sempre, na inspiração de algo que está em mim e NÃO é meu, a YOXANAN clamei: Mestre meu e de mais seis, mas que “fixado” em mim és como tu mesmo o disseste: TRADUZ, Senhor, essas vozes cantantes que agora ouço!...
Ele então, na transfiguração impressionante de sua LUZ ofuscante, VEICULOU:

EU SOU a SENHORA DA LUZ-VELADA, essa UMBANDA DE TODOS VÓS, Mãe geradora de todas as ciências, pois que SOU a própria MAGIA, “veículo-básico” do SUPREMO-LUMINADO...

É por mim que SEUS “pensamentos-ordens” fazem as vibrações se conjugarem, da Unidade à Totalidade, do Marco Inicial ao Ponto Final da Única Verdade, RELIGANDO todas as místicas a uma só causa-original...

Eu ONTEM fui Aquela que conheci a tudo e a todos e SOU essa que desperta em toda alma, a concepção da EXISTÊNCIA DÊLE; em RAMA firmei seu VERBO REVELADOR, e DAÍ “meu manto ser sempre visto de várias formas”; no entanto, EU SOU O PRÓPRIO MANTO DO INCRIADO...

... mas, HOJE eu sou ONTEM e minha “IDADE” é revelada por uns “quantos na forma” e por outros “tantos no espaço”, “ORIXÁS” que são em cima ou embaixo...

E ainda vos digo: minhas manifestações são “ordenadas por UM”, dirigidas por VÁRIOS e executadas por MUITOS, pois que tudo “é movimento de SUA VONTADE”, antes mesmo que Ele desse “vida-ativa” aos INCRIADOS espíritos, CRIANDO-LHES “almas em Si”, pelo sopro do Livre Arbítrio, desde quando começaram a GERAR SEUS PRÓPRIOS KARMAS... e assim velando, de YOXANAN, “ISSO” escutei: e por quanto tempo ainda?... isso, eu não sei...


W. W. da Matta e Silva (Mestre Yapacani)
[originalmente publicada no livro Umbanda de Todos Nós, 2ª edição (1960) - Livraria Freitas Bastos].



Nossa nota *:

Este contundente ensaio de W.W. da Matta e Silva, escrito logo no início de sua jornada como escritor, revela a angústia e a revolta de um médium preocupado com a sublimação dos mitos e ritos atrelados à doutrina umbandista. É um apelo aos prosélitos da Umbanda, para que estes possam praticá-la com a devida maturidade, afastando-a de fetiches e atavismos que constituem perigosos portais para nossa falência moral e mediúnica. A introdução e a conclusão do artigo são revestidas de profundo esoterismo, e remontam aos Arcanos Maiores que envolvem nossa razão existencial. Entrementes, a partir do quarto parágrafo, notamos um desabafo pungente, um retrato dos desvarios cometidos por tantos médiuns, que, balançados por armadilhas do corpo e da mente, se envolvem em intrincados processos obsessivos, que também acabam por deturpar a imagem de nossa Mãe Umbanda.

Em diálogo com Yoxanan (nome esotérico de Pai Guiné), Pai da Matta vislumbra a “instrumentalização” desse Preto-Velho em uma luminosidade que releva as mais profundas raízes da Umbanda, desde os primevos tempos da humanidade. Curiosamente, essa revelação da SENHORA DA LUZ-VELADA é bem similar ao evento que encontramos na sétima parte do Bhagavad Gita – obra clássica do esoterismo hindu. Nela, Krishna, um mensageiro de Deus, permite que seu discípulo Arjuna seja alçado à Suprema altura da Realidade metafísica, para enxergar a sublime razão de ser de todas as coisas. Vemos então uma Umbanda que, apesar de circunscrita a a contextos étnicos, sociais e culturais próprios da nação brasileira, possui uma ontologia fenomenológica milenar, que remonta à aurora da religiosidade humana.

Enfim, trata-se de um artigo de profundo alcance iniciático, que exige do leitor certo esforço intelectual, para lidar com a medida exata do puro esoterismo de Umbanda, tão bem traçado e versado pelo saudoso Mestre Yapacani. 


* por Luciano M. Leite

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

BAÚ DA MÃE: SER MÉDIUM


Reflitamos sobre o médium.

Retornando à Terra com o sexto sentido em afloração, ainda não disciplinado, traz todos os problemas individuais de uma alma em luta consigo mesma. Não é mais e nem menos endividado que as demais criaturas em trânsito educativo pela escola terrestre.

Não é mais e nem menos privilegiado por trazer uma faculdade que se tornará comum, gradativamente, a todos nós encarnados. Sua mediunidade, porém, é convite a serviço.

A sua fé incipiente, contudo, não lhe dá a firmeza de ânimo indispensável aos grandes empreendimentos espirituais à face de nossa Humanidade. Sente-se, por isso, repleto de dúvidas e hesitações, enquanto só muito lentamente a sua confiança no Alto se solidifica. A sua coragem ainda é criança, e ao mesmo pode se instalar em seu íntimo, e ele, temeroso, poderia abandonar o campo autoeducativo, mal informado e temendo represálias, por desconhecer o mecanismo do intermédio.

De experiência diminuta, poderia entregar-se afoito às influenciações inferiores, e dispensar os estudos em torno de sua nova faculdade, confiando em guias e mentores o desinteresse intrigado por pedinchões inveterados. Poderá deixar-se conduzir ao magismo vulgar e ao sortilégio barato, consorciando-se com irmãos compromissados com organizações anticristãs das zonas umbralinas. Sua faculdade, então, aflorará adoecida pelos miasmos mentais e servirá apenas, como instrumento de adormecimento do senso moral de seus companheiros encarnados que se encontram chumbados a problemas comezinhos do cotidiano, despreocupados da Vida Eterna.

Acutilado por mentes angustiadas, poderá ser antena a registrar as ondas que evocam desequilibradamente familiares desencarnados ou entidades de poderes aparentemente miraculosos para amenizar a existência do suplicante, desvendando-lhe o futuro ou prometendo-lhe solucionar questões intricadas e forrá-lo de surpresas desagradáveis no campo das finanças. Doentes cerca-lo-ão com suas formas/pagamentos de disfunção orgânica, exigindo o restabelecimento de males que teimam em alimentar em si mesmos, num capricho de demência velada. Outros, inconformados, exigirão miraculosas intervenções ou receituário infalível.

Não. Ser médium, é ser intermediário de Mensageiros Divinos que, trarão apenas mensagens suaves e de inenarrável ternura e beleza, bem como advertências e avisos que poderão amenizar sofrimentos e alertar para a vida em Cristo Jesus. É sabido por todos nós que existem médiuns gananciosos que fazem uso de sua faculdade para o ganho fácil. Estes, saibam todos, são pessoas que não tiveram a educação mediúnica para lidar com os Espíritos de Luz, se escravizando com aqueles inferiores.

Mediunidade não é sinal de santificação e também não é estigma de pecados irremissíveis. É tão e unicamente um meio de comunicação com os Espíritos Elevados entre dois planos: o visível e o invisível. Para isto, os dirigentes que buscam manter a Lei de Deus e seus ensinamentos, adotam a educação mediúnica, buscando orientar seus seguidores com amor, dedicação e respeito. Sejamos todos médiuns cientes de que estamos sendo vigiados para que o exercício da nossa faculdade seja pura, alva e correta.

Mãe Tina
(artigo originalmente publicado no Periódico Buscando Luz Nº 35 – edição de dezembro de 1999).