Reproduzimos aqui um distinto artigo de nosso amigo Aratanan de Aracruz, postado originalmente no blog Umbanda e Universalismo - Um grito de alerta .
MEDIUNIDADE QUE NÃO SE COMPRA A QUILO!
Ainda bem que nem todos são
médiuns!
Imagine se todos fossem médiuns,
que inferno que seria. Um terreiro em cada esquina, todo mundo sendo “patrão”
(chefes e outros títulos de terreiro correndo à revelia), invenções e mais
invenções. Além de um código de ética espiritual e moral nos mesmos basilares
que o livro sagrado dos cristãos vem há milênios sofrendo assédio de
interesses, épocas e formas contraditórias a sua verdadeira essência como obra.
Seria um desassossego se
tivéssemos tantos médiuns por ai, nos dando consulta em boteco, padaria, sala
de espera de consultório médico, estádio de futebol e festas. Não teríamos mais
a liberdade de culto ou a eterna luta pela manutenção da cultura
afro-brasileira, vez que o comum, nos abrasaria a mente e as vivências –
seriamos ao final das contas a maioria. Búzios e trabalhos espirituais seriam a
lambança de nosso excesso, ruas infectadas de lixo tóxico, produzidos pela
inconsciência de muitos aproveitadores de plantão. Nossa massa pecuária e
avícola teria números incalculáveis e a dor do holocausto humano se
transferiria para os nossos irmãos na forma animal.
A parafina seria a matéria prima
mais cara do mundo e as guerras entre judeus, árabes e outras etnias de
identidade religiosa, se transferiria para entre umbandistas, candomblecistas e
kardecistas. Teríamos a guerra dos médiuns, para a qual seria exibido um filme
de vez enquanto, pelas grande produtoras cinematográficas, com o intuito de
mudar a opinião pública de acordo com os interesses econômicos e sociais do
momento.
Os mestres da banda teriam guarda
costas, suas contas bancárias teriam valores astronômicos e a conversão
religiosa ocorreria a preço muito vil, pois atos de iniciações e outras
quimeras mais, seriam vendidos pelo melhor dos leilões. A vida seria um engodo
funesto, não teríamos mais medo de fantasmas e de espíritos. Tudo seria muito
sem graça. Seria o mundo das invencionices e críticas ao trabalho alheio. Os
espíritos não precisariam mais atuar de forma negativa, pois tudo se resumiria
a negação da espiritualidade na forma em que a conhecemos.
Outras religiões seriam peças
desbotadas de museu. Servindo apenas para resgate funesto de que não deveríamos
servir ao outros credos e outras crendices. Seríamos objeto de desejo de nossas
fantasias e adoraríamos em curto prazo um Deus com nome do novo “Aeon” para
substituir o tão desgastado Deus de hoje.
E falando em Deus de hoje, mando
a ele todo o meu agradecimento, pois mediunidade não se compra a quilo, e, quem
de alguma forma possuí este compromisso, faça o favor de calçar a cara e deixar
de ser tão complicado. Ato que só pode transformar o mundo e as pessoas em
coisa pior do que realmente precisam ser – Livres em Deus.
Aratanan – Contínuo carregando o
meu ½ KG de mediunidade.
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