sábado, 24 de setembro de 2011

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

PARA REFLETIR













Diferenças entre Religião e Espiritualidade

A religião não é apenas uma, são centenas.
A espiritualidade é apenas uma.

A religião é para os passivos que dormem.
A espiritualidade é para os que estão despertos.

A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer, pois querem ser guiados.
A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.

A religião tem um conjunto de regras dogmáticas.
A espiritualidade te convida a buscar por si mesmo e encontrar as respostas que mais te satisfazem.

A religião ameaça e amedronta.
A espiritualidade te traz paz interior.

A religião fala de pecado e de culpa.
A espiritualidade te diz: "aprende com o erro".

A religião reprime tudo, e assim te faz falso.
A espiritualidade transcende tudo, e aceitandote, te faz verdadeiro!

A religião não é Deus.
A espiritualidade tudo abrange e nada exclui, e portanto é Deus.

A religião inventa.
A espiritualidade descobre.

A religião não indaga nem questiona.
A espiritualidade indaga e tudo questiona.

A religião é humana, é uma organização com regras e penalidades.
A espiritualidade é Divina, sem regras nem mandamentos.

A religião é causa de divisões.
A espiritualidade é causa de união.

A religião te busca para que nela acredites.
Na espiritualidade, tu tens que buscála.

A religião segue os preceitos de um livro sagrado.
A espiritualidade vê o sagrado em cada coisa e em cada ser.

A religião se alimenta do medo.
A espiritualidade se alimenta na confiança e na fé.

A religião nos faz viver no pensamento.
A espiritualidade nos faz viver na consciência.

A religião se ocupa com o fazer.
A espiritualidade se ocupa com o ser.

A religião alimenta o ego e nos limita.
A espiritualidade nos faz transcender e nos liberta.

A religião nos faz renunciar ao mundo.
A espiritualidade não pede sacrifícios, nos propicia alegria, sem imposições.

A religião é adoração.
A espiritualidade é meditação.

A religião sonha com a glória e com o céu.
A espiritualidade nos faz viver a bemaventurança aqui e agora.

A religião vive no passado e no futuro.
A espiritualidade vive no presente.

A religião enclausura nosso intelecto.
A espiritualidade liberta nossa consciência.

A religião crê na vida eterna.
A espiritualidade nos faz conscientes da eternidade da vida, em todas as suas formas.

A religião promete para depois da morte.
A espiritualidade nos convida a encontrar Deus em nosso interior, a cada momento.

autor: Guido Nunes Lopes
(físico, doutor em energia nuclear na agricultura).



Nossa nota:

Muitos podem indagar acerca de nossa posição perante o texto acima, dado o caráter religioso de nosso blog. Sim, somos servidores de uma religião - a Umbanda - mas sabemos que Ela, tal qual as demais religiões, estão passíveis à conjuntura oportunamente narrada por Guido Nunes Lopes. E por um motivo bem simples: todas as religiões dependem de lideranças humanas para se estabelecerem. Por conta disso, todas podem se converter em descalabros e deturpações, pois nenhuma delas está blindada ao desequilíbrio de mentes que podem se posicionar como suas condutoras. 

É oportuno lembrar que o real sentido da religião não é estabelecer ritos para o alcance da espiritualidade plena, mas, sim, ensinar que o alcance da espiritualidade plena, para muitas pessoas, pode ser viabilizado pelo estabelecimento de alguns ritos. De toda forma, se estes ritos oprimem, escravizam ou distanciam seus prosélitos da busca pela espiritualidade, não estaremos diante de uma verdadeira religião. 

A Umbanda Esotérica, quando praticada sem qualquer mácula idiosincrássica, consegue infundir em seus adeptos uma fusão sinérgica entre religião e espiritualidade. Isto é o religare - um processo individual que, ironicamente, nos mostra que uma instituição religiosa nada tem a ver com um autêntico relacionamento com Deus...

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

ENTREVISTA




O Dr. Jorge Carvajal é médico cirurgião da Universidade de Andaluzia, Espanha (pioneiro da Medicina Bioenergética).
Fonte: www.sintergeticabrasil.com



Qual adoece primeiro: o corpo ou a alma?

A alma não pode adoecer, porque é o que há de perfeito em ti, a alma evolui, aprende. Na realidade, boa parte das enfermidades são exatamente o contrário: são a resistência do corpo emocional e mental à alma. Quando nossa personalidade resiste aos desígnios da alma, adoecemos.

Há emoções prejudiciais à saúde ? Quais são as que mais nos prejudicam?

70% das enfermidades do ser humano vêm do campo da consciência emocional. As doenças muitas vezes procedem de emoções não processadas, não expressadas, reprimidas. O medo, que é a ausência de amor, é a grande enfermidade, o denominador comum de boa parte das enfermidades que temos hoje. Quando o temor se congela, afeta os rins, as glândulas suprarrenais,os ossos, a energia vital, e pode converter-se em pânico. 

Então nos fazemos de fortes e descuidamos de nossa saúde?

De heróis os cemitérios estão cheios. Tens que cuidar de ti. Tens teus  limites, não vás além. Tens que reconhecer quais são os teus limites e superá-los, pois, se não os reconheceres, vais destruir teu corpo. 

Como é que a raiva nos afeta?

A raiva é santa, é sagrada, é uma emoção positiva, porque te leva à autoafirmação, à busca do teu território, a defender o que é teu, o que é justo. Porém, quando a raiva se torna irritabilidade, agressividade,ressentimento, ódio, ela se volta contra ti e afeta o fígado, a digestão, o sistema imunológico.             

Então a alegria, ao contrário, nos ajuda a permanecer saudáveis?

A alegria é a mais bela das emoções, porque é a emoção da inocência, do coração e é a mais curativa de todas, porque não é contrária a nenhuma outra. Um pouquinho de tristeza com alegria escreve poemas. A alegria com medo leva-nos a contextualizar o medo e a não lhe darmos tanta importância. 

A alegria acalma os ânimos?

Sim, a alegria suaviza todas as outras emoções, porque nos permite processá-las a partir da inocência. A alegria põe as outras emoções em contato com o coração e dá-lhes um sentido ascendente. Canaliza-as para que  cheguem ao mundo da mente. 

E a tristeza?

A tristeza é um sentimento que pode te levar à depressão quando te deixas envolver por ela e não a expressas, porém ela também pode te ajudar. A tristeza te leva a contatares contigo mesmo e a restaurares o controle interno. Todas as emoções negativas têm seu próprio aspecto positivo.Tornamo-las negativas quando as reprimimos. 

Convém aceitarmos essas emoções que consideramos negativas como parte de nós mesmos?

Como parte para transformá-las, ou seja, quando se aceitam, fluem, e já não se estancam e podem se transmutar. Temos de as canalizar para que cheguem à cabeça a partir do coração. Que difícil! Sim, é muito difícil. Realmente as emoções básica são o amor e o medo (que é ausência de amor), de modo que tudo que existe é amor, por excesso ou deficiência. Construtivo ou destrutivo. Porque também existe o amor que se aferra, o amor que superprotege, o amor tóxico, destrutivo. 

Como prevenir a enfermidade?

Somos criadores, portanto creio que a melhor forma é criarmos saúde. E, se criarmos saúde, não teremos que prevenir nem combater a enfermidade, porque seremos saúde.

E se aparecer a doença?

Teremos, pois, de aceitá-la, porque somos humanos. Krishnamurti também adoeceu de um câncer de pâncreas e ele não era  alguém que levasse uma vida desregrada. Muita gente espiritualmente muito valiosa já adoeceu. Devemos explicar isso para aqueles que creem que adoecer é fracassar.
O fracasso e o êxito são dois mestres e nada mais. E, quando tu és o aprendiz, tens que aceitar e incorporar a lição da enfermidade em tua vida.. Cada vez mais as pessoas sofrem de ansiedade. A ansiedade é um sentimento de vazio, que às vezes se torna um oco no estômago, uma sensação de falta de ar. É um vazio existencial que surge quando buscamos fora em vez de buscarmos dentro. Surge quando buscamos nos acontecimentos externos, quando buscamos muleta, apoios externos, quando não temos a solidez da busca interior. Se não aceitarmos a solidão e não nos tornarmos nossa própria companhia, sentiremos esse vazio e tentaremos preenchê-lo com coisas e posses. Porém, como não pode ser preenchido de coisas, cada vez mais o vazio aumenta. 

Então, o que podemos fazer para nos libertarmos dessa angústia?

Não podemos fazer passar a angústia comendo chocolate ou com mais calorias,ou buscando um príncipe fora. Só passa a angústia quando entras em teu interior, te aceitas como és e te reconcilias contigo mesmo. A angústia vem de que não somos o que queremos ser, muito menos o que somos, de modo que ficamos no "deveria ser", e não somos nem uma coisa nem outra. O stress é outro dos males de nossa época. O stress vem da competitividade, de que quero ser perfeito, quero ser melhor, quero ter uma aparência que não é minha, quero imitar. E realmente só podes competir  quando decides ser um competidor de ti mesmo, ou seja, quando queres ser único, original, autêntico e não uma fotocópia de ninguém. O stress destrutivo prejudica o sistema imunológico. Porém, um bom stress é uma maravilha, porque te permite estar alerta e desperto nas crises e poder aproveitá-las como oportunidades para emergir a um novo nível de consciência. 

O que nos recomendaria para nos sentirmos melhor com nós mesmos?

A solidão. Estar consigo mesmo todos os dias é maravilhoso. Passar 20 minutos consigo mesmo é o começo da meditação, é estender uma ponte para a verdadeira saúde, é aceder o altar interior, o ser interior. Minha recomendação é que a gente ponha o relógio para despertar 20 minutos antes, para não tomar o tempo de nossas ocupações. Se dedicares, não o tempo que te sobra, mas esses primeiros minutos da manhã, quando estás rejuvenescido e descansado, para meditar, essa pausa vai te recarregar, porque na pausa habita o potencial da alma. 

O que é para você a felicidade?

É a essência da vida. É o próprio sentido da vida. Estamos aqui para sermos felizes, não para outra coisa. Porém, felicidade não é prazer, é integridade. Quando todos os sentidos se consagram ao ser, podemos ser felizes. Somos felizes quando cremos em nós mesmos, quando confiamos em nós, quando nos empenhamos transpessoalmente a um nível que transcende o pequeno eu ou o pequeno ego. Somos felizes quando temos um sentido que vai mais além da vida cotidiana, quando não adiamos a vida, quando não nos alienamos de nós mesmos, quando estamos em paz e a salvo com a vida e com nossa consciência. Viver o Presente. 

É importante viver no presente? Como conseguir?

Deixamos ir-se o passado e não hipotecamos a vida às expectativas do futuro quando nos ancoramos no ser e não no ter, ou a algo ou alguém fora. Eu digo que a felicidade tem a ver com a realização, e esta com a capacidade de habitarmos a realidade. E viver em realidade é sairmos do mundo da confusão. 

Na sua opinião, estamos tão confusos assim?

Temos três ilusões enormes que nos confundem:
Primeiro cremos que somos um corpo e não uma alma, quando o corpo é o instrumento da vida e se acaba com a morte.
Segundo cremos que o sentido da vida é o prazer, porém com mais prazer não há mais felicidade, senão mais dependência.. Prazer e felicidade não são o mesmo. Há que se consagrar o prazer à vida e não a vida ao prazer. 
A terceira ilusão é o poder; desejamos o poder infinito de viver no mundo. E do que realmente necessitamos para viver? Será de amor, por acaso?
O amor, tão trazido e tão levado, e tão caluniado, é uma força renovadora. O amor é magnífico porque cria coesão. No amor tudo está vivo, como um rio que se renova a si mesmo. No amor a gente sempre pode renovar-se, porque ordena tudo. No amor não há usurpação, não há transferência, não há medo, não há ressentimento, porque quando tu te ordenas, porque vives o amor, cada coisa ocupa o seu lugar, e então se restaura a harmonia. Agora, pela perspectiva humana, nós o assimilamos com a fraqueza, porém o amor não é fraco. Enfraquece-nos quando entendemos que alguém a quem amamos não nos ama. Há uma grande confusão na nossa cultura. Cremos que sofremos por amor, porém não é por amor, é por paixão, que é uma variação do apego. O que habitualmente chamamos de amor é uma droga. Tal qual se depende da cocaína, da maconha ou da morfina, também se depende da paixão. É uma muleta para apoiar-se, em vez de levar alguém no meu coração para libertá-lo e libertar-me. O verdadeiro amor tem uma essência fundamental que é a liberdade, e sempre conduz à liberdade. Mas às vezes nos sentimos atados a um amor. Se o amor conduz à dependência é Eros. Eros é um fósforo, e quando o acendes ele se consome rapidamente em dois minutos e já te queima o dedo. Há amores que são assim, pura chispa. Embora essa chispa possa servir para acender a lenha do verdadeiro amor. Quando a lenha está acesa, produz fogo. Esse é o amor impessoal, que produz luz e calor.

Pode nos dar algum conselho para alcançarmos o amor verdadeiro?

Somente a verdade. Confia na verdade; não tens que ser como a princesa dos sonhos do outro, não tens que ser nem mais nem menos do que és. Tens um direito sagrado, que é o direito de errar; tens outro, que é o direito de perdoar, porque o erro é teu mestre. Ama-te, sê sincero contigo mesmo e leva-te em consideração. Se tu não te queres, não vais encontrar ninguém que possa te querer. Amor produz amor. Se te amas, vais encontrar amor. Se não, vazio. Porém nunca busques migalhas, isso é indigno de ti. A chave então é amar-se a si mesmo. E ao próximo como a ti mesmo. Se não te amas a ti, não amas a Deus, nem a teu filho, porque estás apenas te apegando, estás condicionando o outro. Aceita-te como és; não podemos transformar o que não aceitamos, e a vida é uma corrente permanente de transformações.

sábado, 10 de setembro de 2011

A HISTÓRIA DA UMBANDA, POR ZÉLIO DE MORAES


A gravação acima indicada foi realizada em 1971 por Lilia Ribeiro, na Tenda Nossa Senhora da Piedade em Niterói, Rio de Janeiro, quando a Umbanda completava seu 63º aniversário. Tal entrevista foi transcrita por Jota Alves de Oliveira no livro Umbanda Cristã e Brasileira, e por vários outros autores de grande respeito. Ao iniciar a gravação, podemos ouvir o cântico de chegada do Caboclo das Sete Encruzilhadas, Mentor Espiritual de Zélio Fernandino de Moraes, e que inaugurou a Umbanda em nosso Planeta, à luz do Evangelho de Cristo. Vale ressaltar que Zélio fala, no início desta gravação, na terceira pessoa do singular, pois estava mediunizado. Todavia, o Caboclo das Sete Encruzilhadas logo passa a se manifestar, fazendo com que o médium fale em primeira pessoa (psicofonia), e em retórica perfeita expõe o potencial de sua mensagem de fé, amor e caridade, também descrevendo a história de nossa querida religião, genuinamente brasileira. 

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

AH, EU RECOMENDO!


SATÃ - UMA BIOGRAFIA
Henry Kelly Ansgar *


O livro segue a trilha dos muitos livros recentes dedicados... a Deus: ou seja, mapear nos documentos-fonte as verdadeiras origens – logo, as verdadeiras características – da personagem em questão, trazendo com isto, não apenas conhecimento histórico, mas também surpresas teológicas.

Satã é, obviamente, um personagem-problema. Porém, não do modo que se imagina. Em primeiro lugar, não é universal, pois fruto da tradição judaico-cristã. Portanto, a maioria da humanidade simplesmente o ignora. Em segundo lugar, ele não é, na verdade, fruto da tradição judaico-cristã: pois o Satã judaico nada tem a ver com o Satã cristão. Para piorar, o Satã cristão pouco ou nada tem a ver com a Bíblia... Os cristãos, porém, acreditam ser sua religião derivada da Bíblia, e que a figura de Satã é a personificação do Mal, o Príncipe das Trevas e Senhor do Inferno, parte importante de sua religião e, naturalmente, parte da Bíblia. Mas não é. Isto significa, entre outras coisas, que o cristianismo não deriva direta nem exclusivamente da Bíblia, e que Satã não faz parte, necessariamente, do cristianismo. O mais surpreendente, porém, é a maioria dos cristãos ignorar tudo isso.

Este livro cumpre, então, um papel cultural que vai muito além de seu escopo específico, ou seja, demonstrar como a figura de Satã foi sendo construída por uma tradição posterior à Bíblia. Pois ao demonstrá-lo, demonstra também, inevitavelmente, não apenas a natureza histórica do cristianismo, como a natureza histórica da religião, senso lato, pois o cristianismo não é, neste aspecto, uma exceção.

As questões que o livro coloca são, pois, enormes. Se o Diabo é uma inquestionável construção histórica, simplesmente não existindo como tal na Bíblia, e se o Diabo é parte fundamental da crença cristã, a crença cristã revela-se uma construção humana. Isto pode parecer óbvio para um descrente ou para um não-cristão, mas é apocalíptico para um cristão. Como se não bastasse, este livro, em que pese toda a erudição do autor, é diabolicamente bem escrito.

(*) Henry kelly Ansgar é professor emérito da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, e autor de diversas obras historiográficas sobre a figura literária do Demônio.

Satã - Uma Biografia
Henry kelly Ansgar
(tradução: Renato Rezende)
388 páginas, Editora Globo
Preço médio na Internet: R$ 40 (sem frete)


Locais na Internet para aquisição do livro:

Livraria da Travessa (link direto)
Livraria Cultura (link direto)
Livraria Saraiva (link direto)



quarta-feira, 7 de setembro de 2011

NOSSA HISTÓRIA NO AR!


Acabamos de postar a história da TUEDLUZ - em fatos e fotos - para que todos possam conhecer a memória de nossa Casa, após trinta anos de muita labuta e bênçãos sob o amparo de nossos Orixás.

Para conferir, basta acessar a seção "Nossa história", ao topo de nossa página.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

VOZES DO CONGÁ

Oh! Senhora da luz-velada, umbanda de todos nós; OLHAI A SILENCIOSA TRISTEZA DOS TEUS QUÊDOS “Congás”...

Eles continuam na dolorosa expectativa dos mesmos panoramas e cenários...Senhora! daí-lhes “vida” e fazei-os entrar em comunhão com os vossos diletos filhos... Se ordenardes, as vozes de todos os “congás” sairão frementes e, limitando tanta vaidade e tanta encenação...

Fala triste Conga!... se tua voz pudesse aferir no mediúnico desses que se “vestem de aparelhos” de tua Umbanda por certo que o faria assim. Oh! Tu que diriges a tantos, como médium-Chefe, eu não sou pura e simplesmente essas imagens. Reflete: ISTO É APENAS MEU EXTERIOR. SOU o “oculto fixada e existente” pela presença dos ORIXÁS, Guias e Protetores... Das centenas e centenas de pensamentos de respeito que meu lugar impõe, é que nasce a FÉ, que os fazem entrar em harmonia com as vibrações dessas mesmas Entidades...

Portanto, eu tenho mil olhos: vejo o “eu visível e invisível, a erva daninha e as pétalas em flor”, que por ventura, plantadas em tua alma, estejam...

Porque, então, usas essas cores berrantes, esses colares de LOUÇA e VIDRO, missangas que são inerentes aos folguedos do Carnaval, comprados no balcão da descrença, quase sempre acompanhadas pelo aflorar de um sorriso irônico?

Oh! Tu, que no alarido dos tambores e dos pontos gritados, verdadeiras batucadas que não traduzem a divina prece cantada de nossos Orixás, na imantação das forças originais da nossa Umbanda: - fica sabendo que com isso, tu “desenvolves” apenas aquela espécie de psiquismo, que, na MENTE INSTINTIVA, jaz semi-adormecida, herança de um primitivismo que o transcorrer dos séculos deixou nas noites do Passado...

FILHOS DE ORIXÁ, clareia tua visão interior, interroga, na silenciosa paz da alma, a teu Guia Espiritual, se ele de fato e de direito aceita essas coisas todas que usas e ostentas.

Confessa, então, à própria consciência, pela resposta que na certa irás receber, que tudo isso NÃO PARTE de “sua vontade”, pelo teu mediunismo...

FICA SABENDO da grande responsabilidade que assumes perante a LEI DO KARMA, se, ao estenderes as mãos sobre um médium ou qualquer outro que necessitar, NÃO o fizeres com a “mente limpa” e SOBRETUDO, QUE TENHAS A CERTEZA DE ESTAR CAPACITADO, através de um dom real e EXISTENTE para impregná-los de vibrações corretas em vez de “sobrecarregá-los por acréscimo” com tuas próprias mazelas. Contribuis, assim, para precipitares causas e efeitos, que, INEXORÁVELMENTE sentirás, cedo ou tarde, pelos diversos transtornos que irão aparecendo em tua vida, sem aparente explicação.
Ou então, quando sob a aparente inocência desses que vão pedir “isso ou aquilo” para suavizar suas aflições, “larvas famintas que moram em seus “auras”, oriundas desses setores da chamada Quimbanda, conhecendo que não estás “ordenado” para lidar com elas, coesas envolver-te-ão à procura de um “PONTO FRACO”...

Fica sabendo, então, que Umbanda é a “palavra perdida” que identifica, no Brasil, a mesma Religião primitiva firmada em RAMA, na LEI ordenada pelo SUPREMO ILUMINADO, AQUELE ZAMBI de nossos Pretos-velhos...

Fica sabendo ainda que ela é a Mãe Geradora de todos os conhecimentos, pois FOI,É e SERÁ a revelação original que se expandiu no “Verbo” desses Grandes Iniciados que foram Manú, Buda, Confúcio, Moisés, Sócrates, tec., que ensinaram as mesmas verdades que JESUS, nosso OXALÁ, veio confirmar e dizer aos simples e humildes, conforme nosso Guias o fazem, de acordo com o EVOLUTIVO de “cada um”...

E FICA SABENDO, POR FIM, que seu NOME não deve servir de “fachada a circo de cavalinhos”...

Toma cuidado! Guarda firme, no “Eu” pensante, essa advertência: a Lei, na Umbanda, é COORDENADA por uma “força básica” que se chama MAGIA.

Se não conheceres pelo menos alguns de seus MOVIMENTOS POSITIVOS, na certa CAIRÁS envolvido em seus MOVIMENTOS NEGATIVOS...

Assim, na inspiração de algo que está em mim e NÃO é meu, na interpretação dessa voz vibrada de YOXANAN, por Pai-preto suavizada, esse pobre “eu” externou somente aquilo que qualquer um, livre dos “duros cascões”, não deixará de reconhecer como... simples verdades, que, na confusão atual, SÃO NECESSÁRIAS QUE SE DIGAM...

W. W. da Matta e Silva (Mestre Yapacani)
[originalmente publicada no livro Umbanda de Todos Nós, 2ª edição (1960) - Livraria Freitas Bastos].

domingo, 4 de setembro de 2011

PARA REFLETIR...


ONDE VOCÊ COLOCA O SAL?

O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d’água e bebesse.
– Qual é o gosto? – perguntou o Mestre.
– Ruim – disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago, então o velho disse:
– Beba um pouco dessa água.
Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:
– Qual é o gosto?
– Bom! – disse o rapaz.
– Você sente o gosto do sal? – Perguntou o Mestre.
– Não – disse o jovem.
O Mestre então sentou ao lado do jovem, pegou sua mão e disse:
– A dor na vida de uma pessoa é inevitável. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Então, quando você sofrer, a única coisa que você deve fazer é aumentar a percepção das coisas boas que você tem na vida.
Deixe de ser um copo. Torne-se um lago.  
Conto Zen  

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

PARA REFLETIR...



Um dia, o burro de um camponês caiu num poço. Não chegou a se ferir, mas não podia sair dali por conta própria. Depois de muito pensar, o camponês tomou uma decisão cruel: concluiu que já que o burro estava muito velho e que o poço estava mesmo seco, precisaria ser tapado de alguma forma. Então chamou seus vizinhos para ajudá-lo a enterrar vivo o burro.

Cada um deles pegou uma pá e começou a jogar terra dentro do poço. O burro não tardou a se dar conta do que estavam fazendo com ele e chorou desesperadamente.

Porém, para surpresa de todos, o burro aquietou-se, depois de umas quantas pás de terra que levou. O camponês olhou para o fundo do poço e se surpreendeu. A cada pá de terra que caía sobre suas costas o burro a sacudia, dando um passo sobre esta mesma terra que caía ao chão. Assim,em pouco tempo, o burro conseguiu chegar até a boca do poço, passar por cima da borda e sair dali trotando…

A vida vai te jogar muita terra nas costas, principalmente, se você já estiver dentro de um poço. Cada um de nossos problemas é um degrau que nos conduz para cima.

Podemos sair dos mais profundos buracos se não nos dermos por vencidos.

Use a terra que te jogam para seguir adiante!


"Nossas vidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar".
(William Sheakspeare).